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C�mara e Senado instalam CPI do Banestado

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Brasília - A Câmara dos Deputados e o Senado Federal instalaram ontem, por volta das 13h, Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado US$ 30 bilhões por meio do Banestado (Banco do Estado do Paraná), entre 1996 e 1999. O presidente da CPI mista (Câmara e Senado) deve ser o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), e o relator, o deputado federal José Mentor (PT), homem de confiança do ministro da Casa Civil, José Dirceu. Ao todo, são 32 integrantes na comissão -16 de cada Casa. Há preocupação por parte de personalidades, políticos e grandes empresários em ver seus nomes relacionados ao esquema de envio ilegal de dinheiro ao exterior, por meio das contas CC-5 (Carta Circular número 5). A CC-5 permite envio ao exterior de dinheiro de pessoas físicas e jurídicas, e para o Brasil de brasileiros que moram no exterior. O delegado da Polícia Federal Antônio Carlos de Carvalho, que presidiu o inquérito do caso Banestado de julho de 2002 a março de 2003, chegou a declarar à comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara que movimentações mapeadas pela PF apontam envio ilegal por parte de seis políticos, um ex-caixa de campanhas eleitorais e um ex-funcionário da Prefeitura de São Paulo, além de artistas conhecidos. Outros valores O delegado da Polícia Federal José Francisco de Castilho Neto disse ontem, durante depoimento sigiloso na Comissão de Segurança Pública da Câmara, que o total de remessas ilegais para o exterior feitas por meio das chamadas contas CC-5 pode superar as estimativas iniciais, de US$ 30 bilhões. Castilho, que falou aos deputados na companhia do perito Renato Barbosa, avaliou que o montante pode até mesmo passar dos US$ 60 bilhões. ?Acredito que poderá dobrar o volume do dinheiro. Um exemplo foi uma conta de Nova York onde achávamos que havia US$ 40 milhões, mas quando começamos a investigar soubemos que os valores eram US$ 240 milhões?, disse o delegado, que participou das apurações nos Estados Unidos e acabou afastado do caso a pedido do Ministério Público Federal.

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