O projeto turístico “Onda Azul”, que implica investimentos de 170 milhões de dólares na região de Passo do Camaragibe, terá a sua implantação já a partir de junho, com a construção de um hotel, uma marina e cerca de 300 residências. O anúncio foi feito ontem no plenário da Assembléia Legislativa pelo líder do PSDB, deputado Francisco Carvalho (Chicão), que vem se empenhando para viabilizar o megainvestimento do grupo Canadense MMC. Chicão usou a tribuna da Assembléia para falar dos benefícios que o projeto trará para Alagoas, especialmente para a região norte do Estado. Segundo ele, serão quase 500 milhões de reais investidos na construção de três hotéis, flats, marina e residências, totalizando um complexo para sete mil pessoas. “Trata-se do segundo maior projeto hoteleiro do País, atrás apenas da Costa do Sauípe (Bahia). Serão gerados três mil empregos diretos e 12 mil indiretos, aproveitando principalmente a mão-de-obra da região”, afirmou. De acordo com Chicão, que esteve esta semana com empresários responsáveis pelas obras, o grupo canadense MMC já fez aporte de recursos para a compra do terreno e a contratação de empresa de engenharia. A primeira etapa dos serviços  deveria começar já no mês de abril,  mas falta concluir a documentação  do Instituto do Meio Ambiente  (IMA) e do Instituto Brasileiro do  Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama). “Tudo foi planejado levando em conta os impactos ambientais. Haverá tratamento para lixo e a total preservação dos recursos naturais”, enfatizou Chicão. Para o deputado tucano, que tem base política nos litorais norte e sul do Estado, o projeto “Onda Azul” vem coroar a luta daqueles que, como ele, sempre batalharam pelo desenvolvimento turístico, inclusive através do Prodetur. “Estamos consolidando, também, um projeto para a região sul do Estado, através de investimentos de um grupo francês”, concluiu. O deputado Paulo Fernando dos Santos (PT) declarou que não é contra o projeto. Contudo, defende que as obras precisam ser fiscalizadas pelos órgãos ambientalistas competentes para que o hábitat dos pescadores seja preservado. “Tudo deve ser bem analisado e elaborado de forma ordenada”, observou.