Política
Ampal quer sal�rio do MP equiparado com Judici�rio

O presidente da Associação do Ministério Público de Alagoas (Ampal), Eduardo Tavares, voltou a cobrar da Procuradoria Geral de Justiça a equiparação salarial da classe com os vencimentos do Poder Judiciário. Aguardando decisão do Tribunal de Justiça acerca do mandado de segurança que a entidade impetrou para obrigar o MP a efetivar a equiparação, Tavares criticou o procurador geral Dilmar Camerino por ?não promover a eficiente defesa da categoria?. Com o mandado de segurança, a Ampal pretende garantir a recomposição dos salários dos procuradores de Justiça. ?Historicamente, em face de suas atribuições, os membros do Ministério Público sempre tiveram vencimentos equiparados aos da magistratura. Atualmente, temos nos sentido desprestigiados?, argumentou Eduardo Tavares. Ele afirma que ?a questão é política e seria facilmente resolvida se o procurador-geral tivesse força e prestígio junto ao governo?. Desde o início deste ano que a Associação do Ministério Público reclama a isonomia vencimental, apontando a Lei Estadual 5.666/95 como fundamento jurídico que legaliza essa reivindicação. A alegação do presidente da entidade é que, além do aspecto legal, a defasagem dos salários tem provocado a insatisfação da categoria que não está sendo remunerada de forma compatível com suas atribuições. Salário ?O salário inicial de um procurador é pouco mais de R$ 4 mil, enquanto um juiz em início de carreira recebe cerca de R$ 9 mil?, afirma Tavares. Ele discorda do argumento do procurador-geral, que aponta os dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal como impedimento para implantar a equiparação solicitada pela classe. A Ampal reclama que Alagoas é o Estado brasileiro de menor remuneração. ?Queremos restaurar a dignidade desse órgão ministerial com o mandado de segurança impetrado e que esperamos seja julgado procedente?, declarou o presidente da Associação.