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sábado, 05/07/2025 | Ano | Nº 6004
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Ministros Palocci e Dirceu travam guerra silenciosa

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Brasília - As dificuldades enfrentadas pelo governo têm como pano de fundo uma guerra silenciosa travada entre o ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, e o chefe da Casa Civil, José Dirceu, que anda cada vez mais irritado com as interferências do colega na articulação política. Pior: em nome do ajuste fiscal, Palocci vive desfazendo acordos a duras penas construídos com a base aliada no Congresso. Foi assim pouco antes da votação do relatório da reforma da Previdência - com idas e vindas sobre a manutenção da aposentadoria integral e de reajustes idênticos para servidores ativos e aposentados. A cada gesto político de Dirceu, encarregado de conduzir a negociação, Palocci, com voz mansa e jeito tranqüilo, respondia: ?Vou ter de pegar a maquininha e fazer as contas.? Era a senha para desmanchar um acerto já firmado. No capítulo Previdência houve tantas trombadas que a operação foi batizada de ?recuo do recuo?. Dirceu acabou culpando o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (SP), pelas trapalhadas. Derrota Sob pressão de todos os lados, o ?fiscalista? Palocci - como ele mesmo se define - está prestes a perder uma batalha importante: ao que tudo indica, o governo terá de ceder na próxima semana para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara. Da oposição à base aliada, a maioria dos deputados quer manter o teto de remuneração dos juízes nos Estados - o chamado subteto - em 90,25% do salário do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje em R$ 17.170. A proposta do Planalto prevê a redução do porcentual para 75%. Lula foi avisado de que a reforma não passa na Câmara com a chiadeira do Judiciário.

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