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Nº 5694
Política Unidade da Polícia Militar em Maribondo é a única estrutura que sinaliza segurança

POPULAÇÃO NÃO ESCONDE O MEDO DOS ASSALTOS COM CISP FECHADO

Rondas da Polícia Militar ajudam, mas não conseguem dar sensação de tranquilidade a moradores

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 07/12/2019 - Matéria atualizada em 07/12/2019 às 06h00

/CISP de Maribondo também foi erguido com o mesmo material dos demais e que os policiais alegam ser “muito frágil”
/Unidade da Polícia Militar em Maribondo é a única estrutura que sinaliza segurança

Na cidade, o clima da maioria da população é de medo dos assaltantes que costumam atacar de motocicletas. A Polícia Militar faz ronda constantes durante o dia e a noite. Conseguiu reduzir, consideravelmente, a onda de assaltos que ocorria em qualquer horário. Apesar do esforço da PM, a dona de casa Silene Ramos, que estava na porta da Caixa Econômica Federal para sacar parte da aposentadoria, não escondeu a preocupação com a violência. “A gente tem de ficar atenta e esperta porque os ladrões ficam sempre por perto. A nossa esperança é a inauguração do Cisp. Pode ser que aumentem o número de policiais da cidade”, imagina a dona de casa. A inauguração, segundo fontes da polícia, depende também do concurso que o governo anunciou para contratar mais 30 delegados, 300 policiais civis e PMs. O pequeno efetivo da Polícia Civil e da PM de Maribondo ajuda no policiamento ostensivo de cidades vizinhas como Anadia e Pindoba, quando solicitados. O segurança privado Victor Araújo, que trabalha numa empresa perto da 2ª Cia da PM, revelou que a cidade precisa reforçar o policiamento.

“Apesar da redução dos ataques dos assaltantes, a gente percebe a necessidade de mais rondas principalmente nos dias de maior movimento no centro da cidade. Os roubos atrapalham o movimento do comércio. Só três PMs não são suficientes para o policiamento ostensivo e preventivo da cidade”, avaliou o segurança particular.

O empresário Adélson Silvestre reconheceu que os policiais têm feito o que podem num momento que o tráfico de drogas avança pelas cidades e assusta a população daquela região, que fica entre o Agreste e a Zona da Mata. Lamentou que as cidades pequenas estejam com delegacias fechadas e a segurança ficou a cargo de rondas em viaturas com apenas dois ou três policiais. “Precisamos que o governador faça alguma coisa pela segurança pública no interior do nosso estado. O crime aqui também é realidade”, desabafou. Com relação ao Centro Integrado que está fechado, o empresário Adélson Silvestre questiona. “Como o governo vai inaugurar o Cisp se não dá condições de trabalho? Os policiais militares e civis estão insatisfeito por causa da falta de reajuste salarial, das condições de trabalho, dos descontos da previdência. Os funcionários do Detran semanalmente entram em greve porque o governador só enrola todos os servidores e não dá reajuste para ninguém”, criticou. Ainda de acordo com Adélson Silvestre, “Alagoas vive hoje de propaganda enganosa. Na propaganda aparece que o governo faz isso, aquilo, enquanto, na verdade, a segurança está em crise funcional e a população está a mercê da bandidagem”, disse o empresário.

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