A direção-geral da Polícia Civil ainda não tem a data definida para o concurso público para agentes e delegados. O concurso foi anunciado pelo governador Renan Filho em maio passado. A promessa é que o concurso aconteceria ainda este ano. Mas, até agora, nada e dificilmente acontecerá este ano. O diretor-geral da Polícia Civil, delegado Paulo Cerqueira, como a maioria dos diretores da delegacia geral de Polícia Civil aguardam com ansiedade o concurso público que o governador prometeu para preencher os vazios da Polícia Civil na capital e interior. Renan Filho anunciou, no Palácio República dos Palmares, que ainda este ano realizaria concurso para contratar 30 delegados e pelo menos 300 policiais civis. Nos bastidores da Polícia Civil, os comentários dão conta que “a promessa do governador ficou na promessa”. Com relação às reclamações do Sindipol, que cobra concurso para estabelecer o efetivo de 4 mil agentes, e a Adepol que sonha com o efetivo de 205 delegados, o diretor-geral Paulo Cerqueira explicou que “em nenhum momento a Polícia Civil esteve com estes efetivos. Isso é apenas uma previsão legislativa. Há a necessidade de um incremento policial natural, causado por aposentadoria e afastamento”. Ao ser questionado se fará concurso para os dois quadros e se tem previsão de quando, o diretor da Polícia Civil explicou que as respostas devem ser encontradas na Secretaria Estadual de Planejamento. A Seplag é quem faz os estudos e define datas para os concursos. Por enquanto, a promessa do governo ainda está em estudos. A respeito da reclamação dos delegados que suspenderam o trabalho de plantão por falta de pagamento, Cerqueira respondeu que a informação “não procede”. Segundo ele, “ocorre que os delegados com o aumento salarial chegaram no teto constitucional do governador, e por isso não há legislação que os faça receber os adicionais. O governo está criando um mecanismo para pagar os adicionais”. Os delegados cobram recomposição salarial, o que aumentaria seus vencimentos para R$ 20 mil/mês. Por conta do redutor constitucional, recebem o teto de R$ 16 mil. A respeito da previsão se eles comporão carreira de estado, como almejam para receber o teto da recomposição, o diretor da Polícia Civil disse que “concordo que os delegados façam parte de carreira de Estado, devendo ser reconhecido como tal”.