Em agosto de 2017, a Polícia Federal, Controladoria Geral da União e o Ministério Público Federal deflagraram a Operação Correlatos contra uma suposta organização criminosa que teria fraudado R$ 180 milhões da Sesau em compras para unidades de saúde. Na ocasião, o delegado do Núcleo de Inteligência da PF em Alagoas, Antônio Carvalho, explicou que a descoberta envolvia a compra fracionada em medicamentos e correlatos, sem licitação, na Secretaria Estadual da Saúde, nos dois primeiros anos do governo de Renan Filho (MDB).
A Operação Correlatos, segundo o agente federal, já seria em decorrência da apuração de outro esquema criminoso identificado na atual gestão, que envolveu o pagamento de propina para favorecer assessores do governador Renan Filho no curso do programa de Mestrado Profissional em Administração Pública (Profiap) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
“Essa Operação [Correlatos] é decorrente da Operação Sucupira, que investiga o Mestrado da Ufal. Ao verificar o Portal da Transparência, quando daquela operação, a gente ficou surpreso com a quantidade de contratações diretas que a Secretaria de Saúde realizou. Então ela é decorrência direta da Operação Sucupira. A gente verificou que algumas pessoas que prestaram serviço para a Sesau, consertando equipamentos, receberam por lista também”, revelou o delegado ao apresentar a operação em agosto de 2017.