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Nº 5694
Política Ricardo Barbosa, presidente do PT em AL e aliado de Renan Filho, diz que a nota não representa o que pensa o partido

MILITANTES PETISTAS CRITICAM ARROCHO DE RENAN FILHO

Projeto de lei enviado pelo governador taxou aposentados e pensionistas de 11% para 14%

Por Jonathas Maresia | Edição do dia 14/12/2019 - Matéria atualizada em 14/12/2019 às 06h00

Militantes petistas reagiram contra o texto da reforma da Previdência do governo Renan Filho (MDB), que acentuou o arrocho do Estado contra servidores e sepultou conquistas históricas do funcionalismo público de Alagoas. O texto foi aprovado na semana que passou na Assembleia Legislativa Estadual (ALE). O tom contundente de agora da sigla em nada se parece com as declarações tímidas dadas pela Presidência do Partido dos Trabalhadores enquanto o projeto era discutido na ALE. A ausência do partido - que leva o nome de trabalhadores - também foi sentida nos protestos. Os militantes alertam que o projeto aprovado é eivado de inconstitucionalidade e dizem que o “governo do Estado, sem transparência alguma, impede que os servidores e a sociedade conheçam os verdadeiros dados sobre a situação da Previdência estadual, e segue o exemplo do governo federal, que mentiu à Nação, apresentando dados falsificados da Previdência Pública Nacional”. Perguntado sobre o teor do texto, Ricardo Barbosa, presidente do PT e aliado de Renan Filho, disse ter conhecimento do conteúdo, mas que a nota não representava o que pensa o partido. “Infelizmente, o governo de Alagoas pratica a mesma política neoliberal de Bolsonaro/Paulo Guedes no governo federal: arrocho salarial, recusando-se a repor as perdas inflacionárias; desigualdades imensas, com a grande maioria dos servidores que realmente atende ao público recebendo baixos salários; descaso com o serviço público; desrespeito aos direitos sociais da população; privatizações; autoritarismo e a ausência de diálogo com a sociedade”, diz um trecho do comunicado assinado por quatro correntes do Partido dos Trabalhadores. Os militantes ressaltaram que o “aumento da alíquota para 14% da taxa de contribuição do servidor representa uma redução de salários para todo o funcionalismo público estadual, que mais uma vez não teve nenhuma reposição salarial no ano de 2019”. “Somado ao desmonte apresentado acima, há também a medida que reduz a pensão por morte para 50% do salário recebido pelo/a servidor/a em vida. Vale salientar que essa pensão é, muitas vezes, a principal renda de diversas famílias no cotidiano do estado, principalmente se acompanharmos os altos índices de desemprego dos últimos anos. E agora, além da dor emocional pela perda do/a familiar, haverá a dor de ver toda renda familiar desestruturada, por uma política desumana e desonesta para com aqueles e aquelas que doaram suas vidas para o desenvolvimento econômico e social do estado”, alertam os militantes do partido. A nota demonstra ainda solidariedade e diferentemente do que foi visto durante a votação do texto no parlamento, diz que caminha ao lado dos servidores contra o arrocho do governo Renan Filho. “A militância do PT solidariza-se com os servidores estaduais, e com as lutas da população alagoana para que seus direitos sociais sejam respeitados. Repudiamos a política neoliberal do governo de Alagoas, assim como enfrentamos e denunciamos os desmandos do governo federal e sua reforma da Previdência Pública - que só tem por objetivo favorecer aos banqueiros e aos grandes empresários”, conclui o texto que ganhou as redes sociais.

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