Política
MPF DETERMINA LICITAÇÃO PARA A MERENDA ESCOLAR
Alvo de investigação da Polícia Federal, Secretaria de Estado da Educação assinou Termo de Ajustamento de Conduta


Após passar por investigação da Polícia Federal (PF), que apura supostas fraudes contratuais envolvendo recursos destinados ao transporte escolar, a Secretaria Estadual da Educação (SEE), que tem como gestor e vice-governador de Alagoas, Luciano Barbosa (MDB), encontra-se sob suspeita suspeitas de irregularidades com a compra de merenda escolar com recursos federais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Diante do fato, o Ministério Público Federal (MPF) determinou ao gestor a assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) O documento contou com a participação da Procuradoria Geral do Estado, foi assinado pelo secretário Luciano Barbosa e pelo procurador do Estado Evandro Pires de Lemos Júnior, além dos representantes do MPF. De acordo com os procuradores Marcial Duarte Coelho e Manoel Antônio Gonçalves da Silva, o TAC tem como intuito a adoção de medidas, para a realização de licitações para a compra de gêneros alimentícios (merenda escolar) nas escolas da rede estadual. Conforme os termos propostos, o estado terá de preparar, no prazo de 12 meses, as instituições de ensino, para que façam as licitações obrigatórias por lei para a compra dos alimentos, “salvo quando adquiridos diretamente da agricultura familiar”. “A SEE comprometeu-se a verificar a realização do procedimento licitatório pelas escolas quando da análise das respectivas prestações de contas. Em caso de constatação de que a licitação não ocorreu, a SEE notificará a escola a regularizar o procedimento e deverá comunicar o fato ao MPF”, consta no TAC. Por conta de supostas irregularidades na compra da merenda escolar, a SEE já responde o inquérito civil n° 1.11.000.001353/2016-63, na Procuradoria da República em Alagoas (PR/AL), em Maceió, e ao procedimento administrativo nº 1.11.001.000128/2019-42, na Procuradoria da República no Município (PRM) de Arapiraca. Com a TAC assinado, caso a SEE deixe de cumprir com as determinações dentro do prazo estabelecido de 12 meses, “será aplicada ao Estado de Alagoas a multa de R$ 20 mil, podendo ainda o MPF adotar todas as medidas administrativas e ações judiciais cabíveis, inclusive por ato de improbidade, contra o Estado e os agentes públicos responsáveis pelo descumprimento”. Sob gestão de Luciano Barbosa, a pasta da Educação no governo Renan Filho também passa por investigação da Polícia Federal (PF), que apura supostas fraudes contratuais envolvendo recursos destinados ao transporte escolar, inicialmente de R$ 8,5 milhões, mas que podem chegar a R$ 21 milhões. Na ação, realizada na própria secretaria, no último mês de setembro, treze pessoas foram presas, incluindo assessores próximos ao secretário.