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Política

PDT BUSCA ALIANÇAS PARA ENFRENTAR RENAN FILHO NAS ELEIÇÕES

Partido se alinha com legendas do campo mais progressista, entre elas o PSOL, Rede, PSB e PV; meta é conquistar prefeituras

Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 18/01/2020 - Matéria atualizada em 18/01/2020 às 06h00

Enquanto a situação não se define internamente, o PDT se articula como pode a partir da orientação do Diretório Nacional. Isso não o impediu, por exemplo, aqui em Alagoas de dar os primeiros passos para a formação de frentes e busca de apoio político. Um dos contatos mantidos por aqui foi com a ex-senadora, ex-vice-prefeita e ex-vereadora Heloísa Helena, da Rede. “Estamos mais juntos do que antes”. Os dois, segundo Lessa, já mantiveram, inclusive, mais de um contato que serviram para analisar a conjuntura nacional, bem como as condições para alianças baseadas na realidade local. Ele não deixou claro se a convidou para ser sua vice, numa eventual chapa, porém, adiantou que ela estaria disposta a participar do que chamou de “bloco” partidário e até mesmo de uma chapa. Mas a própria Heloísa teria sugerido que ele ampliasse a base de apoio. “Na tese geral, o PDT vai procurar ficar nesse campo (progressista) com partidos como PSOL, Rede, PSB e PV. Aqui é claro que vou respeitar. Se eu puder estar no interior com esses partidos eu ainda amplio muito mais. O pessoal desses partidos me trata muito bem. Minha relação com a Heloísa é a melhor possível e também o Cidadania. Estive com o PC do B e conversei com o Cícero Filho. Sei que é pré-candidato e fui até para o lançamento da pré-candidatura do Ricardinho pelo Avante. Para mim, Democracia é isso. E fortalecer esse campo é algo importante”, diz Lessa. Quanto a Maceió, em especial a aliança com o PSB seria cercada de muitos detalhes. O primeiro deles é o fato de que o principal candidato, João Henrique Caldas (JHC), já lançou sua candidatura com base em pesquisas o indicam como um nome forte também para a disputa. Entretanto, a mesma consulta, ainda não oficial, aponta o próprio Ronaldo Lessa como segundo colocado. “Juntar duas peças que estão desse jeito ninguém vai querer ser o vice, não é verdade?”, disse. Segundo Ronaldo, ele pessoalmente já tomou uma posição e vai propor à direção do partido que é quanto à oposição ao governo. Entretanto, acabou reconhecendo que isso não é algo “imutável”, tanto que citou o exemplo do quadro político em Penedo. Lá, o nome apoiado pelo governo do Estado é o vice-prefeito Ronaldo Lopes, do MDB, que também terá o seu apoio. Demonstrando maturidade política, Ronaldo chegou inclusive a analisar que, no primeiro turno da eleição, é “impossível” existirem tantos candidatos. Sendo assim, acredita que “para chegar a um segundo turno”, precisa ampliar as alianças “mais ao centro”. “Não queremos construir uma frente só de esquerda. A tese é que a gente possa construir uma frente mais ampla, com independência total para termos nossos aliados, porque no momento há duas grandes lideranças, que é o governador, e do outro o prefeito de Maceió. São os dois pontos fortes. No caso da prefeitura, não tenho tido restrições, mas o prefeito tem seus problemas”, acrescenta, citando o conflito interno do PSDB. Estratégico, pois sabe que ao mesmo tempo em que rompeu com o governo e não faz críticas à gestão de Rui Palmeira (PSDB) pode também estar abrindo um espaço de conversa. Tanto que acabou lembrando que mesmo o PDT tendo ido apoiar o MDB em 2018, “não fechou as portas” para a prefeitura. Outro detalhe que fez questão de destacar é que “nunca discutiu com Palmeira” e que mantém uma relação que considera “muito boa”. Ao invés disso, diz que sempre preferiu dizer o melhor, como o fato de “nunca ter conseguido fazer um Natal como ele fez”. Por outro lado “fiz uma orla na Lagoa Mundaú” que agora em sua avaliação está destruída. Ainda assim, acabou identificando no senador Rodrigo Cunha (PSDB) e atual presidente da legenda uma força política que pode ser apoiada pelo prefeito e ser lançado como um nome para a disputa. Do outro lado, no caso da existência de uma candidatura do procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, ainda sem partido, mas “cortejado” pelo Palácio dos Martírios, Ronaldo não acredita que ele pode ser um nome para “unir” tanto o grupo de Rui com o de Renan.

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