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Nº 5856
Política Rui Palmeira encerra o mandato em dezembro e até lá articula sua sucessão com o PSDB

PRÉ-CANDIDATURAS AQUECEM CENÁRIO ELEITORAL

Capital e interior começam a ventilar os nomes que devem entrar na disputa para prefeito; Maceió e Arapiraca puxam especulações

Por Marcelo Amorim | Edição do dia 23/01/2020 - Matéria atualizada em 23/01/2020 às 06h00

Pela lei eleitoral, os candidatos às eleições municipais devem ser confirmados oficialmente nas convenções partidárias, que podem ser realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto. Apesar desse prazo para registro oficial, vários nomes para prefeito já se movimentam nos bastidores em cidades como Maceió e Arapiraca, os dois maiores colégios eleitorais de Alagoas e peças fundamentais ao pleito geral de 2022. Nas duas localidades a disputa tem girado em torno dos maiores grupos políticos do Estado. De um lado, o PSDB dos prefeitos da capital, Rui Palmeira, e de Arapiraca, Rogério Teófilo, além do senador Rodrigo Cunha, e do outro o MDB do governador Renan Filho. Há ainda o PP, comandado pelo deputado federal Arthur Lira, que tem unido espaços com o presidente da Assembleia Legislativa Estadual (ALE), Marcelo Victor (Solidariedade), além do Pros do senador Fernando Collor de Mello, que também se prepara para unir forças e lançar candidatos às disputas municipais. Em Maceió, entre os nomes que têm figurado com destaque no meio político estão o do procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto (sem partido), procurado tanto pelo grupo do governador como do prefeito de Maceió, o do ex-prefeito do município e ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) e ainda o deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (PSB), e o deputado estadual Davi Davino Filho (PP). Sem contar com uma maior representação no Estado – o nome de destaque é o deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão -, mas ainda uma das maiores legendas no País, o PT já anunciou que deve lançar o presidente estadual da legenda, Ricardo Barbosa, como candidato ao Executivo da capital. Outras legendas de esquerda, como o PC do B e o PSOL também ensaiam o lançamento de candidaturas. Nesta mesma linha, mas em campo oposto, à direita mais conservadora, está o PSL, partido que ganhou projeção nacional com a eleição do presidente Jair Bolsonaro, embora ele já tenha se desfiliado da legenda para montar a própria sigla, deve sair à disputa com o também presidente estadual, o policial federal Flávio Moreno. No primeiro pelotão da disputa em Maceió, Alfredo Gaspar Neto, para se candidatar, terá que abrir mão da carreira como procurador no Ministério Público Estadual de Alagoas, conforme exigência da lei eleitoral e escolher uma legenda para representar. Ronaldo Lessa segue confiante em sua trajetória política e já declarou possibilidade de composição com o PSDB e partidos de centro-esquerda como o PV e mesmo o PSB, a partir de composição nacional entre as siglas. JHC tem seguido, a princípio, como candidato de si mesmo, sem até o momento contar com apoio ou manifestações públicas de representantes e partido políticos – a exceção seria o senador Rodrigo Cunha, que tem a mãe do parlamentar federal, Eudócia Caldas, como primeira suplente no Senado. Para levar o PSDB e declarar apoio ao socialista, a decisão do senador poderia provocar um racha no partido, já que o prefeito Rui Palmeira deixou claro que em nenhuma hipótese deve compor em apoio ao deputado federal. Na última eleição os dois chegaram a disputar o cargo, vencido por Palmeira. JHC sequer foi ao segundo turno e terminou como o terceiro mais votado. Quem tem se revelado como nome “mais independente” é Davi Davino Filho, que tem aparecido bem colocado nas pesquisas realizadas nos últimos meses – desde 1º de janeiro que pesquisas eleitorais precisam ser registradas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Com apelo popular, o deputado tem surgido como candidato de base a partir de apoios surgidos em bairros da capital. Além de contar com aprovação das lideranças do PP, ele também tem conversado para composição tanto com o grupo do PSDB como o do MDB, mas, segundo assessores, trabalha para se lançar mesmo que de forma “independente”. Como a lei eleitoral permite que deputados estaduais ou federais possam disputar a eleição municipal para prefeito e, mesmo assim, manter o mandato, caso percam a disputa nas urnas, Davi Davino Filho e JHC podem se lançar sem maiores preocupações com suas representações na ALE e na Câmara dos Deputados.

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