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GOVERNO RENAN FILHO ABANDONA HOSPITAL DA POLÍCIA MILITAR

Unidade não consegue atender nem os próprios PMs nem pacientes encaminhados pelo HGE

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Imagem ilustrativa da imagem GOVERNO RENAN FILHO ABANDONA HOSPITAL DA POLÍCIA MILITAR
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Um dos hospitais que já foi referência em Alagoas, o Centro Médico Hospitalar da Polícia Militar, ao completar 87 anos, atravessa situação de sucateamento. Para se ter uma ideia da crise, das quatro cadeiras odontológicas apenas uma funciona quando tem o material necessário; a maternidade e as enfermarias estão fechadas; equipamentos de setores como o de fisioterapia estão quebrados e os que funcionam estão parados por falta de manutenção. Os problemas começam na entrada da unidade, com a acessibilidade dificultada para pacientes com problemas ortopédicos. Quem precisa de cadeira de rodas na espera de transporte, fica na porta da unidade de forma improvisada. Assim aconteceu com o motoboy João Henrique Dantas da Silva, que ficou com uma das pernas fraturadas apoiadas num banco de plástico na frente do hospital enquanto esperava o carro para levá-lo para casa. Com muita dor, lamentou a situação.

MANDADO PRA CASA

O motoboy sofreu acidente com a motocicleta dele no dia 15 de setembro. Ficou internado no Hospital Geral do Estado (HGE), com perna e joelho fraturados. Ao ser liberado foi encaminhado para continuar o tratamento no hospital da PM. Lá, nova surpresa, o tratamento se limitou a uma consulta. O médico, depois de olhar a radiografia e constatar as fraturas do rapaz, o mandou para casa com a recomendação de comprar a medicação, por conta própria, e alegou que não havia condições de engessar a perna dele. Outro paciente do SUS que mora em Maceió com suspeita de fratura foi também encaminhado pelo HGE para tratamento no hospital da PM e o médico o aconselhou a continuar o tratamento em Palmeira dos Índios, porque, segundo o médico, no hospital da PM não havia condição.

DEFICIÊNCIA

Os problemas estruturais do Centro Médico da PM são visíveis. Em uma das portas de acesso, o vidro quebrado está colado com esparadrapo. A rampa da entrada principal precisa de reparos para facilitar a acessibilidade dos cadeirantes. Paredes mofadas, sujas e muita improvisação nas redes elétrica e de esgoto. O hospital que começou a funcionar como enfermaria em 1933 para assistir os policiais e seus familiares, hoje atende, em condições precárias, os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) encaminhados por médicos dos postos municipais, do Hospital Geral do Estado e entre os atendidos estão também presos do Sistema Penal de Alagoas. Já houve caso de policiais feridos no cumprimento da missão aguardarem atendimento ao lado de acusados de crime que cumpriam pena no presídio, disse um dos PMs da triagem da unidade. No quadro de médicos constam profissionais concursados da própria Polícia Militar, do SUS e de outras unidades de atendimento. Na lista dos chamados “doutores [médicos] da casa” existem carências de profissionais na área de Neurologia, Fisioterapia, Ginecologia, Otorrino, clínicos entre outras especialidades. Sem condições de garantir internações para os 16 mil PMs da ativa, inativos e seus familiares e para as centenas de pacientes do SUS, o Centro Médico da PM funciona basicamente com consultas e encaminhamento para exames fora.

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