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Nº 5885
Política Policiais farão série de atividades durante a semana para chamar atenção da população

POLICIAIS CIVIS DECIDEM POR PARALISAÇÕES E SERVIÇOS ESSENCIAIS

Contra descaso do governador Renan Filho, categoria opta por ações que não penalizem a sociedade durante o carnaval

Por regina carvalho | Edição do dia 18/02/2020 - Matéria atualizada em 18/02/2020 às 07h30

Até agora sem negociação com o governador Renan Filho (MDB) para discutir a pauta de reivindicação, os policiais civis de Alagoas decidiram em assembleia geral extraordinária - realizada na tarde de ontem (17) - deflagrar paralisações da categoria. Os policiais começaram a cruzar os braços ontem e seguem até as 8h de sexta-feira (21). Durante o carnaval, será deflagrada a “Operação Renan Filho #Devagar”, uma operação padrão na qual os policiais vão desempenhar apenas os serviços essenciais, mas não vão paralisar as atividades. Enquanto o governador se esquiva de negociação com a categoria, que busca condições justas de salários, o povo paga o preço de uma nova operação padrão, como se não bastassem os mais de 15 mil inquéritos que se avolumam sem conclusão. A partir da próxima semana, os policiais civis vão parar todas as quartas e quintas-feiras, até que haja negociação entre a categoria e o governo do estado. “Foi deliberado, em assembleia, que nós não iremos parar no Carnaval em respeito à sociedade, ao povo alagoano, que já sofre com a insegurança. Sendo sensíveis a essa situação, os policiais não vão parar, mas em contrapartida vamos fazer a paralisação a partir de agora. Esse é um recado ao governador Renan Filho que fechou o canal de negociação com os policiais civis”, explicou o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário. Durante a semana, estão planejadas atividades da categoria nas delegacias como forma de chamar a atenção dos alagoanos. Nesta terça-feira (18), haverá ato público com café da manhã em frente à Central de Flagrantes, em Maceió, e reunião na Comissão de Paralisação na sede do Sindpol. As paralisações começam esta semana e devem se estender nos próximos dias, seguidos de atividades. O clima esquentou após o secretário estadual de Planejamento, Gestão e Patrimônio, Fabrício Marques, ter declarado à diretoria do Sindpol que o governador Renan Filho deu a ordem para não negociar. Após a assembleia, os policiais civis saíram em caminhada até o Palácio República dos Palmares, no Centro. O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) afirma que iniciou a campanha salarial no ano passado e reivindica piso salarial pela média nacional e o reconhecimento do salário de nível superior da Segurança Pública em Alagoas. “Atualmente, é a categoria que recebe o pior piso salarial com nível superior e é o 24º pior salário do Brasil, acumulando perdas salariais de mais de 20%, mesmo com excelente desempenho no combate à violência, enfrentando a carência de efetivo. Cada policial trabalha por quatro, por conta da falta de policiais civis nas delegacias. Isso tem levado ao esgotamento e adoecimentos, implicando em mortes de mais de 40 policiais civis nos últimos 4 anos”, justifica o Sindpol.

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