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DEFENSORIA REBATE VERSÃO DO GOVERNO E ALERTA SOBRE O HDT

Órgão reforça que hospital vive situação caótica e não tem condições para lidar com coronavírus

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Hospital Hélvio Auto apresenta uma série de deficiências na sua estrutura, o que compromete o atendimento a pacientes que precisam utilizar a UTI
Hospital Hélvio Auto apresenta uma série de deficiências na sua estrutura, o que compromete o atendimento a pacientes que precisam utilizar a UTI -

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas rebate a versão do governo Renan Filho (MDB) sobre a situação do Hospital Escola Hélvio Auto, antigo Hospital de Doenças Tropicais (HDT), e afirma que a situação do estabelecimento de saúde permanece caótica, conforme revelou a Gazeta de Alagoas na edição do último fim de semana. Em nota divulgada no último sábado, 29, o órgão de orientação e defesa jurídica do cidadão reforça a abertura de Ação Civil Pública contra a gestão estadual, devido a “situação grave” e histórica do local, que representa riscos à saúde de pacientes, familiares e profissionais de saúde. “A Defensoria Pública do Estado de Alagoas vem esclarecer à sociedade que a Ação Civil Pública ajuizada no último dia 28 de fevereiro de 2019 tem por único objeto a situação de grave (e histórica) adversidade estrutural enfrentada pela UTI do Hospital Hélvio Auto, sobretudo relativamente à total ausência de isolamento em 5 (cinco) dos seus 7 (sete) leitos para doenças infectocontagiosas em geral, a representar por si só riscos para demais pacientes, equipes de saúde e familiares, independentemente da preocupação conjuntural atual acerca do coronavírus”, consta na nota assinada pelo defensor público Fabrício Leão Souto. Em sua edição de fim de semana, em matéria assinada pelo jornalista Arnaldo Ferreira, a Gazeta de Alagoas confirma que o Hospital Hélvio Auto não tem estrutura adequada para atender casos de coronavírus, notadamente leitos preparados da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a chamada sala de pressão negativa, que impede a propagação de vírus por eventuais pacientes atendidos na unidade, conforme preconiza entidades como o Conselho Regional de Medicina de Alagoas (CRM-AL). De acordo com o defensor público, as justificativas apresentadas pelo hospital por meio de nota colidem com a realidade que “ainda hoje lá se encontra na UTI”. Representantes da defensoria já haviam realizado visita ao Hélvio Auto e identificado deficiências graves desde o ano passado. Sem solução, ingressaram com Ação Civil Pública. “A finalidade e o foco da Defensoria Pública são lidar com as exigências que a situação objetiva requer, adotando as medidas e criando as convergências para a superação dos problemas existentes”, reforça Fabrício Leão. Por meio de nota, o Hospital Hélvio Auto, que é ligado a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), assegura que a última visita da Defensoria Pública ocorreu em novembro de 2019 e que, após a constatação dos problemas, “enviou a lista de itens necessários para manutenção do atendimento em seus sete leitos de UTI” e, com isso, os dados divulgados pela defensoria estariam “desatualizados”. Diferente do que diz a unidade de saúde, a Defensoria não somente confirma que a situação permanece caótica, como leva à Justiça ação civil pública contra a unidade de saúde.

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