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SERVIDORES DE TRÊS CATEGORIAS FARÃO PARALISAÇÃO CONJUNTA

Mobilização é puxada principalmente pelos policiais civis, que cobram aumento para a categoria

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Dirigentes do Sindpol se reuniram ontem com o secretário estadual do Planejamento, Fabrício Marques, para tentar chegar a um novo acordo salarial
Dirigentes do Sindpol se reuniram ontem com o secretário estadual do Planejamento, Fabrício Marques, para tentar chegar a um novo acordo salarial -

A pressão dos policiais civis para o governo Renan Filho (MDB) atender as demandas da categoria, entre elas o aumento do piso inicial da categoria e o reenquadramento da carreira, continua esta semana. Além dos policiais, os servidores de outros dois órgãos também decidiram paralisar as atividades por dois dias neste mês de março, como forma de protestar contra a desvalorização do governo. A decisão foi tomada durante reunião entre representantes da Polícia Civil, do Detran e do Sistema Penitenciário, ocorrida na segunda-feira.

A operação tartaruga dos policiais civis será retomada hoje e vai até as 8h da próxima sexta-feira com ações em todas as delegacias do Estado, pressionando o governo por meio da suspensão da confecção de boletim de ocorrência, termo circunstanciado de ocorrência, cumprimentos de mandados de busca e apreensão, mandado de prisão e local de crime. Amanhã, a categoria realiza uma ação no Centro de Maceió, em frente ao antigo prédio do Produban, onde será oferecido um café da manhã, a partir das 9h, para os policiais e também a população. A ideia é explicar para o cidadão quais são as razões da categoria estar mobilizada. O movimento teve início na semana que antecedeu ao carnaval, após as negociações com a Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag) terem sido suspensas por determinação do governador. De acordo com o presidente da entidade, Ricardo Nazário, os policiais civis e escrivães acumulam perdas salariais que superam os 20%. Isso corresponde a falta de reposição inflacionária e nenhum percentual de ganho real. “Sempre que fomos convocados para negociar apresentamos todas as demandas, mas em nenhum momento o governo atendeu a nada. Quando parecia que estávamos avançando, retroagimos em outros pontos e aí voltamos ao ponto inicial. Por fim, o próprio governador mandou suspender qualquer tipo de negociação. Então foi aí que a categoria decidiu se mobilizar semanalmente”, explicou Nazário. Atualmente, o piso inicial da categoria é de R$ 3.800 e corresponde ao 4° pior piso salarial do Brasil, o que se soma as perdas do poder aquisitivo. Ao mesmo tempo, neste mesmo período os policiais também se integraram a todas as ações propostas pelo governo para o combate da violência. “Ou seja, quando houve redução isso também só foi possível por conta da contribuição da categoria dia e noite”, completou Nazário. Mesmo caminhando para uma possível radicalização, os policiais civis dizem que estão abertos, a qualquer momento, para a retomada das negociações. Entretanto, alertam que o necessário no momento é que surja uma perspectiva real de atendimento das necessidades porque, conforme levantamentos feitos pela categoria, há condições reais para que sejam atendidas. Por conta da mobilização que segue até a sexta-feira, quem procurar as delegacias da capital e do interior só poderão contar com os seguintes serviços: flagrante de delito, que deverá ser feito um por vez; audiência de custódia, quando não puder remarcar, e a garantia das prerrogativas dos advogados. Dirigentes do Sindpol se reuniram ontem com o secretário estadual do Planejamento, Fabrício Marques, para tentar chegar a um novo acordo salarial.

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