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ENFERMEIROS RECLAMAM DE CONTRATO TEMPORÁRIO

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A luta diária contra o avanço da pandemia do coronavírus desempenhada pelos enfermeiros, que têm contato com pacientes suspeitos e diagnosticados, com riscos de contágio e contaminação constantes, não é valorizada pelo governo Renan Filho (MDB). Quem denuncia é o Conselho Regional de Enfermagem, que rechaçou os valores propostos no Edital de Chamamento Público Emergencial n° 01/2020 - Sesau/AL, que vai contratar 555 profissionais para conter e tratar às vítimas da doença. “Nos sentimos desvalorizados diante de atitudes como essas, de ofertar salários muito inferiores aos de outras categorias, estando aquém da nossa missão de proteger e cuidar da vida dos que, muitas vezes, desconhecemos, colocando nossa vida e de nossa família em risco, em detrimento do outro”, diz a carta encaminhada aos profissionais. Para um técnico em enfermagem está sendo oferecido R$ 1.300, enquanto para os enfermeiros o valor é de R$ 3.600 durante um trabalho temporário, sem nenhuma estabilidade. Não existe uma definição de piso, mas o que geralmente tem sido proposto pela entidade é R$ 2 mil para profissionais com ensino médio e R$ 5 mil para os de formação superior. Na carta, a entidade que representa 27 mil profissionais no Estado lembra a importância do “ato primordial que é cuidar da vida humana, baseados em evidências científicas”. A categoria lembra que por conta do papel que desempenha está “com maior risco de adoecimento pela infecção”. A reação da entidade se baseia no que o mesmo edital propõe para outras categorias que também estarão atuando no combate ao avanço da pandemia. O conselho contesta o critério utilizado, que colocou salários inferiores para pessoas que estarão lidando com um volume e risco de trabalho nas mesmas condições dos demais. Por enquanto, a entidade só se manifestou contra a iniciativa do governo, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, em documento público. Caso o órgão se proponha a conversar sobre alterações, o Coren se mantém aberto para orientar uma remuneração mais justa. A entidade também reafirma que mesmo com os valores propostos “estará indo para a linha de frente porque temos responsabilidade e compromisso social, diferentemente de tantas outras profissões, nós estamos nos mantendo firmes e empenhados em salvar vidas”.

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