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DEPUTADOS DIZEM QUE GOVERNADOR PERDEU CONTROLE DO COVID-19

Mortes de pacientes infectados e que estavam internados em UPAs reforçam suspeitas da falta de leitos de UTI em hospitais

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Mesmo sem UTIs, Unidades de Pronto Atendimento têm pacientes graves internados
Mesmo sem UTIs, Unidades de Pronto Atendimento têm pacientes graves internados -

Na avaliação do deputado Davi Maia (DEM), com a morte de mais um paciente com sintomas de coronavírus que estava internado na UPA [Unidade de Pronto Atendimento] do Trapiche da Barra, o governo Renan Filho (MDB) perdeu o rumo do enfrentamento à pandemia. Durante a sessão virtual da Assembleia Legislativa Estadual (ALE), ontem, o parlamentar fez inúmeras críticas à maneira como o Estado está conduzindo a Saúde e apontou os erros que considera como gravíssimos na gestão e que podem custar a vida de muitos alagoanos. “O governador gerou uma crise dentro do próprio governo. No início da pandemia, ele alardeou que o Estado estava, inclusive, ainda mais preparado do que os Estados Unidos e a Europa, no sentido de estrutura e de leitos de retaguarda. O governador chamou a mídia para anunciar estas medidas e, hoje, o sistema de Saúde foi posto à prova e falhou”, destacou. Maia disse que a primeira morte por Covid-19, registrada em Maceió, gerou uma onda de críticas a Renan Filho nas redes sociais. “O governador está sendo chamado de Renan Paraguaçu [em referência ao personagem Odororico Paraguaçu, criado pelo dramaturgo brasileiro Dias Gomes e vivido pelo ator Paulo Gracindo]. O governador criou um confronto no próprio sistema de Saúde. As UPAs não conversam com os hospitais e não se consegue transferir os pacientes graves com sintomas de coronavírus”, emendou. O parlamentar afirmou que Renan Filho perdeu o rumo da condução por “querer posar como herói” e cobrou medidas do governo estadual para o resgate econômico e social, que não foram anunciadas. “Até agora, não vi qualquer posição do governador sobre o que será feito em Alagoas para melhorar a economia e para garantir a assistência social da população. Estamos em uma nau em que o capitão se afogou”, compara. O deputado Cabo Bebeto (PSL) se uniu ao colega e cobrou, do governador, a organização do fluxo de atendimento aos pacientes com suspeita e/ou confirmação do novo coronavírus. Na opinião dele, atualmente, há distorções na maneira como as unidades de saúde estão trabalhando para o recebimento dos doentes. De acordo com o parlamentar, o cidadão que faleceu esta semana, na UPA do Trapiche, era um idoso e que tinha chegado recentemente de São Paulo. Apresentou sintomas da Covid-19 e não foi transferido para outra unidade. “O governador divulgou que tinha 85 leitos de UTI já prontos e eu não estou vendo o anúncio de tantos leitos assim ocupados para Covid-19. Quem está usando estas vagas e será que existem mesmo? Vai terminar eu indo contar estes leitos em cada hospital”, afirmou.

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