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Nº 5884
Política

POLÍTICA ANTISSOCIAL DE RENAN FILHO PUNE OS MAIS POBRES

Em meio à pandemia de coronavírus, população mais humilde fica à mercê da falta de investimentos nas mais diversas áreas sociais

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 11/04/2020 - Matéria atualizada em 12/04/2020 às 15h45

No momento que um milhão de pessoas pobres (como o Ministério do Desenvolvimento Social define população com renda inferior a R$140 / mês) mais precisam do protagonismo do governo de Alagoas para enfrentar o coronavírus, se deparam com burocracia, dificuldades e promessas que não saem do papel. As 102 prefeituras esperam um milhão de cestas básicas para socorrer um terço da população, recursos e apoio para micro e pequenas empresas. Os estudantes estão sem merenda escolar e sem aulas virtuais. E agricultores isolados esperam 1,2 mil toneladas de sementes, assistência técnica e R$ 5 milhões do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecoep) para agricultor familiar e projetos de irrigação para ribeirinhos do Canal do Sertão. Esse é o resultado da política antissocial do governador Renan Filho (MDB) em tempo de pandemia. Se já era ineficiente no curso desses últimos cinco anos, pior está agora, num momento em que a rede estadual de proteção social deveria estar ainda mais reforçada. Os setores que pedem “socorro” são: Saúde, Educação e Agricultura, afirmam a maioria dos deputados estaduais e as prefeituras que tentam ajudar as vítimas da recessão provocada pela pandemia. A principal reivindicação é recurso do Fecoep para aplicação imediata nos segmentos vulneráveis da sociedade.

AGRICULTURA

Na Agricultura, por exemplo, a reivindicação é por sementes para agricultura familiar, assentados da reforma agrária e sem-terra. Depois de dois anos de estiagem, micro e pequenos agricultores comemoram a chegada da chuva no tempo certo. Esperam a distribuição de 1,2 mil toneladas de sementes de milho, feijão, sorgo, arroz e a liberação de recursos da ordem de R$ 5 milhões do Fecoep para irrigação e aproveitamento dos 100 quilômetros do Canal do Sertão com água do Rio São Francisco. Depois de uma década praticamente sem água, a terra está pronta para o plantio, disse o presidente da Cooperativa dos Produtores do Canal do Sertão e vereador Cosme Guedes (PSDB de São José da Tapera) ao cobrar “socorro” para 3 mil micros e pequenos produtores rurais. Cosme Guedes, depois de conversar com o secretário de Estado da Agricultura, João Lessa, estava pessimista. “É fundamental a semente neste momento. Precisamos que o governo seja mais eficiente. Os produtores querem produzir”, apelou Guedes ao cobrar apoio da bancada estadual. No ano passado, o governo prometeu assistência técnica rural, a mesma quantidade de sementes, recursos para a agricultura e para famílias do Canal do Sertão. As promessas não se concretizaram. Os técnicos da Secretaria da Seagri, fizeram novo projeto para execução em 2020. Até agora, nada. Até Programa do Leite que atendia idosos e garantia trabalho na agricultura familiar está suspenso por falta de pagamento aos fornecedores ligados às cooperativas CPLA, Pindorama e Copaz. Na verdade, este ano o governo não pagou nada. O Programa do Leite era mantido desde 2002. A Seagri tenta “segurar” o programa com recursos federais e quer ajuda da bancada federal. A situação do sertanejo não está pior porque a Defesa Civil Nacional liberou, antes do agravamento da pandemia, R$ 10 milhões para o programa “Água é Vida”, que junto com a operação do Exército deverá atender mais de 300 mil pessoas de 42 municípios do semiárido em situação de emergência, reconhecida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Mas, até o momento, não foi contratado nenhum dos 120 caminhões-pipas previstos.

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