Política
MENDONÇA ASSUME JUSTIÇA E RAMAGEM A POLÍCIA FEDERAL
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Brasília, DF - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou ontem o advogado André de Almeida Mendonça para o comando do Ministério da Justiça, na vaga deixada pelo ex-juiz federal Sergio Moro, que deixou o cargo na semana passada ao acusar o presidente de interferências na Polícia Federal. A nomeação de Mendonça foi publicada no Diário Oficial da União, assim como a nomeação do delegado Alexandre Ramagem, amigo dos filhos do presidente, para o comando da Polícia Federal. Na segunda-feira (27), a Folha de S.Paulo antecipou que Mendonça, que estava à frente da AGU (Advocacia Geral da União), havia sido convidado pelo presidente para substituir o ex-juiz federal Sergio Moro. Para o lugar de Mendonça na AGU, Bolsonaro oficializou o atual procurador-geral da Fazenda, José Levi do Amaral, nome apoiado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O novo ministro da Justiça, que também é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília, integrava a AGU desde 2000, quando encerrou sua atividade como advogado concursado da Petrobras (1997-2000). Horas depois de sua nomeação ter sido publicada, Mendonça fez uma publicação nas redes sociais em aceno ao presidente. “Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro por confiar a mim a missão de conduzir as políticas públicas de Justiça e Segurança do nosso país”, escreveu. O novo ministro da Justiça afirmou que seu compromisso “é continuar desenvolvendo o trabalho técnico que tem pautado minha vida”. Evangélico, disse contar com o apoio do povo brasileiro e encerrou pedindo “que Deus nos abençoe”. Mendonça foi corregedor da AGU na gestão de Fabio Medina Osório, no governo Michel Temer, e chegou ao governo Bolsonaro por indicação do ministro da CGU (Controladoria Geral da União), Wagner Rosário, com o apoio da bancada evangélica. A sua transferência para a Justiça teve o apoio da cúpula militar e a articulação do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli.