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BANCADA REAGE À AÇÃO DO SUPREMO CONTRA BOLSONARO

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Em entrevista à Gazeta de Alagoas, parte da bancada federal alagoana se pronunciou sobre a abertura de investigação pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, após denúncias feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, direcionadas ao presidente Jair Bolsonaro. “Acho uma boa iniciativa do ministro Celso de Mello de apurar as denúncias do Moro contra o Bolsonaro, mas não só essas denúncias, no sentido de todas as denúncias. Inclusive quando o Moro também de uma forma autoritária quando quebrou o sigilo sem autorização judicial de uma conversa da presidente Dilma e do ex-presidente Lula, que não tinha respaldo legal. Foi um ato que violentou a Constituição”, declara o deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT). Sérgio Moro pediu demissão do cargo de ministro, no último dia 24, função que ocupava desde o início da gestão de Bolsonaro, e fez acusações contra o presidente de interferência política na Polícia Federal. A decisão de Celso de Mello atende pedido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, que informou sobre supostos atos apontados por Moro que “revelariam a prática, em tese, de ilícitos como falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça e corrupção passiva”, segundo pronunciamento publicado no portal do STF. “O que eu percebo é que a briga do Moro e do Bolsonaro é uma briga de quadrilha. O Bolsonaro, irresponsável, negando a ciência e colocando em risco a vida de brasileiros com suas atitudes de não respeitar o isolamento social e o Moro ferido porque não teve a garantia de ter sido escolhido para o STF. Não tem visão republicana, não tem visão preocupada com o povo brasileiro”, acrescenta Paulão. “A energia da classe política deve estar focada em preservar vidas e superar a crise do novo Coronavírus. As instituições têm funcionado, cada uma dentro de sua prerrogativa constitucional, e esse tema já é objeto de inquérito no âmbito do Supremo. O momento é de evitar tensionamento desnecessário e manter o foco”, disse o deputado federal João Henrique Caldas (PSB). “Desde que vieram à tona as denúncias feitas pelo ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, com sérias acusações contra o presidente da República, me posicionei favorável por uma investigação séria e transparente. Essa situação trouxe mais uma crise política para o nosso país. As denúncias são graves, pois caracterizam crime de responsabilidade. Além de colocar dúvidas sobre a autonomia da Polícia Federal”, disse a deputada Tereza Nelma (PSDB). “O decano do STF determinou a realização da diligência inicial requerida por Aras, no prazo de 60 dias, pela Polícia Federal, que deverá ouvir o ex-ministro, a fim de que apresente manifestação detalhada sobre os termos do pronunciamento, com a exibição de documentação idônea que eventualmente possua acerca dos eventos em questão”, informa a assessoria do STF. “Espero que agora, com a autorização da abertura deste inquérito pelo ministro do STF, Celso de Mello, tenhamos as respostas. Afinal, ninguém está acima da justiça, nem mesmo o presidente e seus familiares. Precisamos de um presidente que governe para o povo e não para beneficiar seus filhos. Os brasileiros merecem a verdade!”, finaliza Nelma.

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