Política
CORONAVÍRUS FRUSTRA ATOS DE RUA DE SINDICATOS NO 1º DE MAIO
Dia do Trabalhador será marcado em Alagoas por mobilizações nas redes sociais das organizações


A pandemia do novo coronavírus impôs uma nova estratégia às centrais sindicais para marcar o Dia do Trabalhador. Os tradicionais atos que reúnem milhares de pessoas em passeatas vão ser substituídos pelo engajamento nas redes sociais. A programação do 1º de Maio, em Alagoas, será estritamente virtual. Na internet, os sindicatos planejam debates em ‘lives’ para referendar a luta por direitos dos trabalhadores. Textos e cards informativos com as reivindicações do movimento sindical serão publicados em perfis das entidades. Além disso, estão sendo preparadas peças para veiculação em emissoras de rádio e TV. Nestes materiais, as centrais sindicais buscam pontuar, de maneira geral e específica, as principais bandeiras de luta dos trabalhadores, enfatizar a situação dos profissionais durante o enfrentamento do novo coronavírus e destacar os riscos que consideram em relação às Medidas Provisórias (MPs), em vigor, durante este período. “Principalmente as MPs 927 e 936, que tratam da pandemia e o processo de negociação dos trabalhadores exclusivamente com os patrões. Estas medidas deixam a classe cada vez mais vulnerável e não ajudam a proteger o emprego e nem os salários. Permitem também a redução de jornada e de remuneração, além da suspensão dos contratos de trabalho. O pior disso é que têm o aval do Supremo Tribunal Federal”, lamenta Rilda Alves, presidente da CUT/AL [Central Única dos Trabalhadores em Alagoas]. Segundo ela, o 1º de Maio deixou de ter uma conotação comemorativa há muitos anos, principalmente no Brasil, transformando-se em um dia de luta da classe trabalhadora. “E, diante de uma calamidade em saúde pública, resolvemos criar uma nova estratégia para apresentar à sociedade nossas cobranças por meio das redes sociais”, explica Rilda Alves.