loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
domingo, 07/12/2025 | Ano | Nº 6114
Maceió, AL
24° Tempo
Home > Política

Política

FUTURO POLÍTICO DO PRESIDENTE ESTÁ NAS MÃOS DO SUPREMO

Deputados alagoanos reforçam que o caso do presidente ainda está em investigação e que cenário pode ter reviravolta

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Comportamento de Bolsonaro durante protestos antidemocráticos agrava as acusações
Comportamento de Bolsonaro durante protestos antidemocráticos agrava as acusações -

O deputado federal João Henrique Caldas (PSB) também tem evitado qualquer embate político. Pré-candidato a prefeito de Maceió, ele também garantiu recursos para a saúde do Estado na ordem de R$ 17 milhões. Procurado pela reportagem para comentar a crise, informou por meio de sua assessoria o seguinte: “As investigações estão no âmbito do Supremo e até que os fatos venham à tona com algum nível de segurança, é precipitado emitir juízo de valor sob pena de alimentar crises políticas que retirem o foco atual, que é o de combater o COVID”, explicou João Henrique. O deputado Isnaldo Bulhões (MDB) também passa longe da briga política que resultou na queda de Moro e até mesmo do ex-ministro da saúde Luiz Henrique Mandeta. Apesar de que fez questão de agradecer publicamente em sua rede social a sua atuação no Ministério da Saúde. No mais, tem optado por realçar sua posição política quanto a ajuda para a liberação de recursos para a saúde, como na aprovação do chamado “Orçamento de Guerra”, votado esta semana. Mesmo sendo do mesmo partido do governador Renan Filho (MDB), que diverge da prática política de Bolsonaro, tem evitado se expor como parlamentar de oposição. Ao invés disso, aproveita os espaços criados para viabilizar ajuda para o Estado. Quem também evita entrar em polêmica é o deputado Sérgio Toledo (PL). Ex-deputado estadual, considerado articulador por natureza busca construir seu espaço para não ser “engolido” na Câmara dos Deputados. Assim como os demais, tem direcionado emendas para a saúde como os R$ 17 milhões incluídos no orçamento para este ano. Por meio de sua assessoria, disse apenas “que vai aguardar o desenrolar da apuração”. Já os deputados Severino Pessoa (Republicanos) e Marx Beltrão (PSD), ambos procurados por meio de suas assessorias não se pronunciaram até o fechamento desta edição.

OAB

Enquanto a posição política da maioria sobre a crise não avança, para o advogado criminal e secretário geral da OAB, Leonardo Moraes, as revelações feitas pelo ex-ministro se constituem em fatos graves e por isso precisa ser minuciosamente apurados. “O depoimento do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro apresenta graves acusações. O suposto aparelhamento da Polícia Federal para fins pessoais e políticos representa um sério golpe no combate à corrupção”, disse Leonado. Ainda assim, não pode representar um pré julgamento sobre o que ocorreu, tanto que enfatizou a necessidade da ampla defesa em relação ao caso como define a Constituição Federal. “É preciso, portanto, ouvir a outra parte, aguardar as provas e ao final verificar se realmente houve crime ou não pelo presidente Bolsonaro. Cumpre destacar que o contexto também não ajuda”, acrescentou. Ele se refere ao comportamento e a outra crise do governo que envolve a pandemia do coronavírus que tem exposto algumas fragilidades da saúde no país, mas principalmente hesitação no mode agir do próprio presidente. “Em meio a uma crise sanitária aterradora, o Brasil ainda traz consigo uma grave crise política que já dura anos. É preciso equilíbrio, preservar as instituições e unir o país”, conclui.

Relacionadas