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Nº 5759
Política

Grandes partidos passam a apostar no voto de legenda

Prejudicados pela decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de verticalizar as coligações (impede alianças políticas nos Estados diferentes das alianças nacionais), os grandes partidos em Alagoas passaram a apostar no voto de legenda para tentar eleger

Por | Edição do dia 31/03/2002 - Matéria atualizada em 31/03/2002 às 00h00

Prejudicados pela decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de verticalizar as coligações (impede alianças políticas nos Estados diferentes das alianças nacionais), os grandes partidos em Alagoas passaram a apostar no voto de legenda para tentar eleger seus candidatos a deputado. Segundo parlamentares da Assembléia Legislativa, os que mais se agarram a essa esperança são PMDB, PSDB e PFL, que possuem poucos candidatos de boa densidade eleitoral e correm o risco de ficar separados. Na disputa pelas vagas de deputado estadual, o partido que está mais confiante no voto de legenda é o PSDB. Na última eleição geral, em 1998, ele foi campeão nesta modalidade, obtendo mais de 55 mil votos. Segundo o deputado Francisco Carvalho (Chicão), que prevê um crescimento desse número em 2002, o PSDB pode fazer até dois deputados com este saldo, fora os votos que serão dados diretamente aos candidatos do partido. “Não tenho dúvidas. Mesmo se ficarmos sozinhos, elegeremos pelo menos três candidatos”, enfatizou. Outas legendas As outras legendas que mais obtiveram voto de legenda em 1998 foram PSB (21 mil), PTB (21 mil), PT (20 mil), PMDB (13 mil) e PFL (12 mil). No caso destes dois últimos, mesmo que os votos de legenda este ano fiquem abaixo dos 20 mil, eles apostam na coligação com pequenas siglas para alcançar o coeficiente eleitoral e eleger deputados estaduais e federais. Os parlamentares estimam que serão necessários 110 mil votos para um partido ou coligação eleger o primeiro deputado federal, e 35 mil votos para eleger o primeiro deputado estadual. No caso da eleição para a Câmara Federal, os partidos que mais obtiveram voto de legenda em 1998 foram PSDB (37 mil), PTB (24 mil), PDT (19 mil), PT (17 mil), PSB (15 mil), PMDB (12 mil) e PFL (9 mil). Para o vice-presidente do PFL, deputado Rogério Téofilo, outros fatores nas eleições deste ano, como os candidatos a presidente da República, devem puxar os votos de legenda. Ele admite que este tipo de voto ganha mais importância agora, com a decisão do TSE de verticalizar as coligações, mas acha que as regras ainda podem mudar. “A expectativa é que a verticalização seja derrubada no Congresso Nacional, através de decreto legislativo, ou no Supremo Tribunal Federal, através de uma ação direta de inconstitucionalidade”, disse o deputado Marcos Ferreira (PSB). Numa situação mais cômoda que os colegas, devido à força eleitoral que sua chapa tem na disputa da Assembléia, a maior preocupação do parlamentar no quadro da verticalização é com a candidatura majoritária do governador Ronaldo Lessa, que pode perder importantes aliados, a exemplo do PSDB e PMDB.

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