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MPE REAJUSTA VALOR DE AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO PARA R$ 1,1 MIL

Benefício estava fixado anteriormente em R$ 750 e chama a atenção devido a não contenção de gastos durante pandemia

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Reajuste polêmico no valor do benefício do MPE chegou a ter repercussão nacional
Reajuste polêmico no valor do benefício do MPE chegou a ter repercussão nacional -

Um ato administrativo do procurador-geral de Justiça de Alagoas ganhou repercussão nacional na semana passada. Em uma canetada, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque aumentou o auxílio-alimentação dos servidores do Ministério Público Estadual (MPE) para R$ 1.100 (era R$ 750). O valor está em vigor desde o dia 1º de maio de 2020. Na coluna Lauro Jardim, do jornal O Globo, do dia 13 de maio, o episódio foi classificado como ‘A farra da pandemia no MP de Alagoas’. O jornalista escreveu que o “O Ministério Público do Estado de Alagoas não quer nem saber de apertar os cintos: aproveitou o período de Covid-19 e reajustou na semana passada o valor do auxílio alimentação dos procuradores e dos servidores”. Ele ainda batizou a medida como ‘uma espécie de vale-covid’. O reajuste do vale-alimentação foi publicado na edição do dia 7 de maio, do Diário Eletrônico do MPE, retroagido para vigorar a partir do início do mês. No ato, o procurador-geral de Justiça fixou o novo valor, com base na prerrogativa que lhe compete e nos dispositivos do § 1º, do art. 12, da Lei Estadual n. 7373, de 4 de julho de 2012. A norma a que ele se refere foi assinada pelo então governador Teotonio Vilela Filho e fazia a revisão geral anual da remuneração dos servidores do Ministério Público do Estado de Alagoas e criava cargos de servidores efetivos. O artigo 12 da destacada lei trata da concessão do auxílio-alimentação aos membros do MPE e aos servidores efetivos. No inciso 1º está preconizado que este benefício será pago em pecúnia e será fixado por ato do procurador-geral de Justiça. Ainda conforme a regra, o vale-alimentação tem natureza indenizatória, não se incorpora à remuneração do agente público e, sobre ele, não incide quaisquer contribuições trabalhistas, previdenciárias ou fiscais. A Diretoria de Comunicação do MPE esclareceu que o reajuste era um pleito antigo do Sindicato dos Servidores do Ministério Público e passou por um estudo de impacto financeiro para que a Diretoria de Orçamento e Finanças pudesse avaliar a possibilidade. Garantiu, ainda, que a medida foi tomada dentro do que mandam as normas legais, e apenas coincidiu de o resultado ter sido apresentado durante a pandemia. Informou, também, que, “para implantá-lo, o Ministério Público não vai descumprir qualquer regramento jurídico nem deixar de arcar com os seus compromissos. E, além disso, o auxílio não era reajustado desde 2017”.

INATIVOS NÃO RECEBEM

Em 2013, resolução publicada pelo Colégio de Procuradores de Justiça de Alagoas, liderado pelo então chefe do MPE/AL, Sérgio Jucá, definiu que o auxílio-alimentação não seria incorporado aos proventos dos aposentados (apenas aos dos membros em efetivo exercício das funções). Naquele ano, o procurador ficou o benefício em R$ 710, podendo ser atualizado a qualquer tempo, o que acabou acontecendo anos após. Já em outubro de 2017, a gestão de Alfredo Gaspar de Mendonça Neto implantou a concessão do auxílio-alimentação aos integrantes da Assessoria Militar do Ministério Público. Para o ato, a chefia do MP Estadual considerou que os integrantes deste setor realizam atividades externas de segurança, com deslocamentos para municípios do interior do Estado.

Reajuste polêmico no valor do benefício do MPE chegou a ter repercussão nacional
Reajuste polêmico no valor do benefício do MPE chegou a ter repercussão nacional | Foto: ARQUIVO GA

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