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PANDEMIA: ALAGOAS ESTÁ ENTRE OS PIORES EM TRANSPARÊNCIA

Levantamento da ONG Transparência Brasil coloca o estado na 19ª posição do ranking que pontua contratações de pessoal

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Contratação de pessoal para trabalhar na rede de saúde também parece não funcionar
Contratação de pessoal para trabalhar na rede de saúde também parece não funcionar -

O acompanhamento dos gastos e investimentos dos estados e municípios no combate à Covid-19 tem sido minucioso. A ONG Transparência Brasil, uma das principais referências no país quando o assunto é Jornalismo de Dados, em especial os gastos do dinheiro público, divulgou um ranking onde o Estado de Alagoas figura como regular, ocupando o 19º lugar no item contratação emergencial. A posição deixou o Estado abaixo de Pernambuco (14°), Bahia (17°) e Piauí (18°). Ainda assim, garantiu que ficasse acima do Rio Grande do Norte (21°) e Sergipe (22°), além de deixar para trás o Rio Grande do Sul (20°) e o Rio de Janeiro (23°). Na prática, não significa indício de irregularidade, mas de que as atualizações, até o momento, não deixam claro o equilíbrio que o governo de Alagoas diz que dispôs para o que foi investido. O problema pode estar no abastecimento do banco de dados, mas reflete a necessidade de que seja ágil o preenchimento da plataforma digital. A informação causou surpresa entre os técnicos do governo, principalmente porque há cinco dias o próprio governo, em sua página oficial na internet, destacou uma outra avaliação em que Alagoas aparecia com destaque, de acordo com o relatório da ONG Open Knowledge Brasil (OKBR). A posição mereceu destaque do governo que usou a agência oficial para divulgá-la e tentar conter a onda de notícias consideradas falsas que, em alguns casos, questionam onde estariam sendo investidos os recursos federais e até mesmo dos cofres alagoanos.

LEVANTAMENTO

De acordo com o levantamento feito para a reportagem, atualmente no Estado existe um portal com dados de todas as ações sobre Covid-19, com link por meio de banner no site da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau). Além dos números diários, há também alguns direcionamentos importantes, como por exemplo ações e medidas tomadas. No quesito contratação temporária, há ainda os editais de chamamento emergencial de técnicos, enfermeiros, médicos, psicólogos, farmacêutico, nutricionista e assistente social, além de pessoal de apoio. O processo, feito em forma de seleção simplificada, com base apenas em análise curricular, apresenta inclusive uma lista de classificados. Ao todo, para as estruturas que já foram entregues - como o Hospital Metropolitano e o Centro de Triagem de Síndromes Gripais, além do Hospital de Campanha que passa a funcionar nesta sexta-feira - o estado abriu seleção para 555 pessoas, sendo que com a obrigação de chamar imediatamente pouco mais de 250, podendo chegar a 300 pessoas. O trabalho é temporário, para seis meses iniciais, podendo ser renovado a depender da necessidade. O único detalhe é que não aparecem os números envolvidos, em especial de quanto serão os respectivos gastos com cada categoria.

O outro portal que também traz muitas informações é o da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). Ele traz informações gerais a respeito de investimentos em diversas áreas.

Lá o gráfico indica que já foram empenhados R$ 67,1 milhões em diversas despesas que incluem: material de distribuição gratuita (R$ 13,2 milhões), outros serviços de terceiros - pessoa jurídica (R$ 11,8 milhões), material de consumo (R$ 9,5 milhões), obras e instalações (R$ 12,4 milhões), rateio pela participação em consórcio público (R$ 10,5 milhões) e equipamentos e material permanente (R$ 9,7 milhões).

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