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Nº 5882
Política

SECRETÁRIOS DEVEM DEIXAR OS CARGOS ATÉ O FINAL DA SEMANA

De olho na disputal eleitoral, ao menos quatro nomes do primeiro escalão do governo do Estado terão que se desincompatibilizar

Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 02/06/2020 - Matéria atualizada em 02/06/2020 às 06h00

A cada dois anos é assim: quem se tornou secretário visando dar novos passos na política se afasta do cargo e anuncia candidatura. Desta vez devem seguir essa cartilha o secretário estadual do Trabalho, Arthur Albuquerque; Cecília Rocha, da Ciência e Tecnologia, além de Fernando Pereira, do Meio Ambiente, e Melina Freitas, da pasta da Cultura. Destes, apenas Arthur Albuquerque já disputou um mandato eletivo majoritário e foi derrotado. Filho do deputado estadual Antônio Albuquerque (PTB), ele deve ser o nome da família em Limoeiro de Anadia. O núcleo de Albuquerque já tem eleito outro filho, Nivaldo Albuquerque, hoje deputado federal. Só falta o comando da prefeitura do município. Com passagem discreta pela secretaria do Trabalho, Arthur Albuquerque teve pouca visibilidade na mídia, até mesmo com a chamada “agenda positiva” de prestação de serviços. Ainda sim tinha força, pois mesmo com os rompantes do pai deputado com discurso de oposição, sequer sofreu qualquer abalo. Melina Freitas, ex-prefeita de Piranhas, pode arriscar voltar a comandar a cidade ou outro reduto de interesse da família. Há sempre uma expectativa em torno do seu nome, já que o pai, o desembargador Washington Luiz, não tem outro herdeiro político na região. A secretária, que é ex-mulher do ex-prefeito de Marechal Deodoro, Cristhiano Matheus (MDB), se decidir entrar na disputa também será apoiada como candidata do Palácio República dos Palmares, assim como Matheus, que vai para a disputa em Pão de Açúcar. Quem também pode deixar o cargo para entrar na disputa eleitoral é Cecília Rocha, secretária de Ciência e Tecnologia, que pode tentar a vaga de prefeita de Atalaia. Primeira dama da cidade do Pilar, se for candidata, ela será primeira experiência política. Ela deixa a Secretaria de Ciência e Tecnologia sem entregar sua principal obra, o Polo Tecnológico de Alagoas, no bairro de Jaraguá, empreendimento mais atrasado do governo de Alagoas, que até o momento não tem um modelo de como irá funcionar. Já Fernando Pereira, do Meio Ambiente, terá a missão de ampliar o domínio político da família que conta com a deputada Jó Pereira (MDB), os irmãos Pauline Pereira e Joãozinho Pereira como prefeitos. Sua disputa deverá ser na cidade de São Miguel dos Campos. Entre dúvidas e certezas são esses os nomes que são cogitados no Palácio.O secretário de Educação, Luciano Barbosa, no início do governo era o nome cotado para a disputa em Arapiraca, tanto que o governo Renan Filho fez o possível para isolar politicamente o prefeito Rogério Teófilo (PSDB), que derrotou seu candidato à época, Ricardo Nezinho. Mas Barbosa deu uma “mergulhada” muito grande depois do envolvimento da filha e do genro num esquema existente dentro da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Por isso, é dúvida para o pleito. Nem os blogueiros palacianos conseguem decifrar o seu futuro. Entretanto, até o final do governo pode ter uma “missão” ainda maior, que é governar o Estado e fazer a transição para o próximo governador, se Renan Filho abrir mão dos estudos em macroeconomia na Europa ou Estados Unidos e decidir disputar uma cadeira no Senado Federal. Para comandar o Estado nestas condições, Renan Filho e o senador Renan Calheiros só confiam em Luciano Barbosa. Fiel à família, é adestrado para abrir mão de escolhas pessoais e apoiar projetos políticos de seus mentores. A única certeza é que este é o mês indicado no calendário eleitoral para a desincompatibilização de ocupantes de cargos públicos que irão disputar mandatos eletivos. A partir desta semana as conversas e acertos finais para saída e futuras indicações devem se intensificar.

Foto: Felipe Nyland
 

Foto: Divulgação
 

Foto: Divulgação
 

Foto: Divulgação
 


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