Política
PREFEITOS DEFENDEM ELEIÇÃO SEGURA PÓS-PANDEMIA
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A aprovação, no Senado Federal, da PEC que altera a data das eleições de outubro para os dias 15 e 29 de novembro para a realização do 1° e 2° turnos, respectivamente tem o apoio da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). A entidade segue a orientação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que compreende que o momento é de atenção total ao combate ao Covid-19. Segundo a presidente da AMA, Pauline Pereira, mais importante no momento é que as pessoas se sintam amparadas e cuidadas pelos municípios, já que o novo momento do vírus é de expansão para o interior. Para a prefeita, é essencial que a eleição aconteça no momento de segurança, porque agora é hora de garantirmos o atendimento às pessoas. As ações, porém, precisam contar também com o apoio do governo federal. O posicionamento da entidade segue uma tendência nacional defendida pela confederação que representa os municípios, porque para os gestores o mais importante é que haja entendimento para evitar que divergências enfraqueçam o posicionamento das prefeituras. A CNM tem mantido contato direto com os presidentes em todo o país a fim de afinar o discurso e garantir o que é mais importante: o poder de pressão tanto na Câmara dos Deputados, no Senador Federal e junto ao governo federal, que é quem libera os recursos para as cidades. Um detalhe importante da PEC que altera as datas é que, a depender da situação sanitária das cidades, elas podem ter um novo adiamento. Essa flexibilização, porém, assim como a principal que é o adiamento para novembro ainda depende da aprovação dos deputados federais. O texto já foi encaminhado para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para posteriormente ser apreciado e colocado para a discussão em plenário. Ao que se especula nos bastidores, é possível que os deputados não aprovem com tanta facilidade como no Senado. Isto se deve ao fato das eleições municipais serem muito mais próximas dos interesses dos parlamentares que ao contrário dos senadores, que têm mandatos de quatro anos e usam as eleições municipais para fortalecimento de suas bases eleitorais. A Gazeta também tentou ouvir o presidente da Associação dos Vereadores de Alagoas (Uveal), Eduardo Tenório, mas até o fechamento desta edição não conseguiu.