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Política Bares da orla seguem como os demais por toda Maceió: fechados e atendendo apenas na modalidade delivery

ABRASEL/AL PREVÊ REABERTURA DOS NEGÓCIOS NA CAPITAL

Entidade que representa donos de bares e restaurantes diz que é importante retomar as atividades mesmo que parcialmente

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 27/06/2020 - Matéria atualizada em 27/06/2020 às 06h00

A reabertura de bares e restaurantes para atendimento presencial não está definida. Mas deve começar por Maceió, onde a contaminação do coronavírus teve os maiores picos e agora estariam em queda. Os estabelecimentos do interior devem reabrir num segundo momento por conta da interiorização da pandemia. É o que imagina o presidente da Associação de Bares e Restaurantes de Alagoas (Abrasel), Thiago Falcão.
A previsão do empresário foi feita após informações de médicos, infectologistas e profissionais de saúde que consideram que a curva de contaminação da doença na capital deve começar a cair.
               A data da reabertura, porém, não está confirmada. O governo do Estado segue orientações de profissionais de saúde. Não quer reabrir setores e depois ter que fechar se ocorrer segunda onda de contaminação, como vem sendo registrado em diversas cidades brasileiras. O setor não alimenta otimismo porque mais de 65% dos estabelecimentos estão fechados.
Quem mantém a atividade com sistemas “peque- leve” ou delivery não consegue nem 20% do que precisa para as despesas. “A retomada será muito séria, responsável e não deve representar mais que 30% do faturamento”, avaliou o líder do setor ao explicar que os empresários não aguentam mais ficar com seus negócios fechados”, disse Thiago Falcão. “Neste momento de ameaça de sobrevivência do setor é importante abrir as portas, mesmo que o atendimento seja limitado a 30%. O que não é mais possível é permanecer fechado e sem faturamento algum”, disse Falcão.
Bares e restaurantes também elaboraram medidas de segurança e encaminharam ao governo de Alagoas a fim de colaborar com o processo de reabertura do setor fechado desde março. As medidas preveem ações de higienização na cozinha, nas mesas, cardápios virtuais, treinamento de pessoal, distanciamento de mesas. O governo propõe redução de 50% das mesas, a Associação de Bares e Restaurantes propõe que esta redução inicial seja de 70%.
               Abrasel vem treinando os associados com lives e cursos virtuais. Na verdade, o setor está intensificando protocolos que já praticavam, disse o presidente da entidade Thiago Falcão. “Bares e restaurante já começam as atividades com controle de qualidade em toda a cadeia até o prato chegar à mesa do consumidor. Estamos intensificando o processo de cuidados e agora com mais vezes. Até o cardápio é higienizado”.

Shopping
Os shoppings só devem reabrir na terceira fase, a Amarela. Os empresários do setor dizem que não podem esperar mais, pressionam e esperam a reabertura no primeiro dia de julho. Apesar da indefinição, fazem investimentos acreditando na possibilidade de retornarem na fase Laranja, prevista para quarta-feira. A maioria não esconde a frustração com o decreto estadual anterior que os manteve fechados. Eles temem quebradeira geral depois que constataram que cerca das 200 lojas entre os 700 empreendimentos da capital não devem voltar a funcionar.
Se confirmada a previsão da Associação dos Shoppings de Maceió, significa que mais de 2 mil trabalhadores ficaram desempregados neste primeiro momento de reabertura de setores parados desde março. A informação foi confirmada pelo presidente da associação e superintendente do Shopping Pátio Maceió, José Roberto Ribeiro Junior.
               A situação recessiva agravada por mais de 100 dias de paralisação dos shoppings da capital foi repassada ao governo estadual. “A gente não pode esperar mais com as portas fechadas”, disse José Roberto, ao afirmar também que o setor não vê razão para as lojas da cidade poderem abrir no segundo momento da retomada da economia, que deve ser anunciada na quarta-feira, e os shoppings abrirem posteriormente.
“O apelo que a gente [os lojistas e gestores de shoppings centers de Alagoas] faz ao governo é no sentido de autorizar a retomada das atividades junto com o comércio de modo geral”, disse José Roberto durante entrevista ao programa Ministério do Povo, da Rádio Gazeta, 98.3 FM.
               Os shoppings centers apresentaram protocolo com propostas de segurança sanitária para serem inseridas ao protocolo do governo do Estado. O documento é uma sugestão nacional de shoppings com mais de 30 diretrizes, orientações, recomendações e foi validado por especialistas em infectologia do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, que é referência nacional para o tratamento da Covid-19. “Os shopping centers de Alagoas estão prontos para reabrir com o máximo de segurança para usuários e colaboradores”, afirmou José Roberto Ribeiro Junior.
Com relação ao “novo normal” dos negócios no setor, ele avisou que ninguém pode entrar nos estabelecimentos sem máscara de proteção facial, metade dos estacionamentos estará fechado, em cada ponto comercial haverá aferição de temperatura para impedir o acesso de quem estiver febril (temperatura do corpo acima de 37.3º), cada empreendimento passa por processo diário de desinfecção, além de tapetes especiais na entrada.
               No shopping terão pontos com álcool em gel em todos os corredores a cada 20 metros. As medidas se repetem nas lojas. Acessos restritos, portarias com controle, escadas rolantes com degraus intercaladas e higienizada constantemente, provadores suspensos, praça de alimentação com 50% da capacidade, entre outras regras sanitárias. O horário de funcionamento será definido pelo novo protocolo estadual. A sugestão do setor para o governo é de redução no horário de funcionamento: abre às 12 horas e fecha às 20hs.
               “Todos funcionários dos shoppings e das lojas receberam treinamentos de como se comportar neste momento da pandemia. Foram alertados dos riscos e das necessidades de obedecerem aos protocolos que estabelece o distanciamento social”, explicou José Roberto Ribeiro. As sugestões da Associação Brasileira de Shoppings têm como referência estabelecimentos semelhantes que reabriram na Europa, Ásia e outras regiões do planeta.

Igrejas cautelosas
              As igrejas, por conta de orientação nacional, só voltam a realizar atividades com autorização do governo. Um dos líderes religiosos, ex-deputado João Luiz, da Igreja do Evangelho Quadrangular, que já foi contaminado e se tratou em São Paulo por falta de leitos de UTI em Maceió, disse que a volta terá que ser dentro de protocolo que estabelece percentual de fiéis, máscara, distanciamento social entre outras medidas.
A situação das igrejas também é de dívidas. “As igrejas vivem de doações e da oferta. Estamos fechados há mais de 100 dias. Portanto, passamos por dificuldades semelhantes dos outros segmentos fechados desde março”.

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