Política
RELOCALIZAÇÃO DA BRASKEM DEVE GANHAR FORÇA EM DEBATES ELEITORAIS
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Diante dos danos causados nos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto por causa da atividade de mineração da Braskem, este é o momento propício para se pensar em transferir a planta industrial do Pontal para um local seguro e fazer a exploração mineral distante da área urbana. A discussão deve envolver a empresa e os Poderes num processo “ganha-ganha”. A sugestão é do ambientalista e jornalista Anivaldo Miranda, que nos anos 80 fundou o “Movimento Pela Vida” em defesa do meio ambiente e da relocalização da Braskem. Antes de mudar os locais de exploração e da planta industrial, é preciso indenizar as pessoas, as empresas e os bairros afetados pela mineração. Depois, identificar responsáveis e o terceiro cenário, Anivaldo Miranda destaca a necessidade de a direção da indústria, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e atuarem em conjunto na transferência das atividades da indústria para locais seguros. Ele acredita que a empresa “ganharia” porque poderia se instalar em local adequado, melhoraria a imagem institucional e lucraria no processo de modernização operacional. O município e o estado ganhariam porque reconfigurariam a atividade industrial. A Braskem anunciou que não fará mais exploração de sal-gema em áreas urbanas de Maceió. A extração nos bairros do Mutange, Bebedouro e Pinheiro está paralisada definitivamente. Porém, a indústria obteve da Agência Nacional de Mineração (ANM) autorização de pesquisa de reservas de sal em Alagoas em perímetro não urbano, em regiões isoladas e áreas rurais. Com relação a fábrica de soda e cloro, diz que pretende permanecer onde está. A autorização da pesquisa a fim de exploração do minério foi publicada no Diário Oficial da União em 3 de junho passado. Segundo a direção da empresa, os documentos requeridos foram apresentados no processo e cumpridas as exigências do órgão regulador. Com relação à retomada do processo industrial de produção de soda e cloro, a previsão é para o último trimestre deste ano (outubro). A unidade funcionará provisoriamente com sal importado ou de outras regiões do Brasil e cumprindo requisitos legais conforme licenças requeridas nos órgãos oficiais. A indústria não prevê transferência da industrial. “A Braskem pretende continuar desenvolvendo suas operações no Trapiche da Barra, atendendo a todos os requerimentos legais exigidos”.