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COMÉRCIO NA ORLA COMEÇA A REAQUECER

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O movimento do “novo normal” ainda é tímido, mas dá sinais de que aos poucos o ritmo de consumo está sendo retomado. O sol da terça-feira ajudou na retomada do segundo dia das atividades dos segmentos que puderam voltar a funcionar no início da semana. Na orla da capital, na Feirinha da Pajuçara e até no Pontal da Barra o sentimento é de otimismo e esperança sobre o futuro, em especial os finais de semana, bem como a volta dos turistas. Para quem estava sem poder “pisar na rua” por conta da quarentena, a sensação de liberdade de ficar com os pés descalços à beira mar foi muito significativa. O relato parece simples, mas cercado de saudade. “Estávamos com saudades da praia. Maceió sem direito de vir ao mar estava um oco, uma coisa vazia”, descreve Jailson Soares. Ao lado dos amigos, também alagoanos, ele chegou cedo à praia para aproveitar o dia claro e quente. Como estão na última semana de férias, ele garantiu que aproveitaria o dia até o “último raio de sol”. Sua presença fez a alegria do ambulante cadastrado, Marcelo dos Santos Silva, que há mais de uma década vive das vendas na praia. Mesmo com movimento em apenas oito das 20 mesas que possui, ele não reclamou e até agradeceu pelo dia de trabalho. “A presença de pessoas foi menor que a segunda, pois só eu tinha decidido armar o ponto. Mas ainda assim consegui ter o retorno hoje de alguns clientes antigos. Para mim, até o final da semana deve melhorar”, acredita. Durante os meses de isolamento social, ele conseguiu receber o auxílio emergencial do governo e buscou outras opções de venda. Isso lhe garantiu não só a sobrevivência e a da família como o investimento em freezer novo para acondicionar melhor seus produtos na areia. “É um recomeço. Tá devagar, mas vai acredito que vai dar certo”, completou o comerciante que conta com a ajuda de duas pessoas em sua Batata Point à direita da Feirinha da Pajuçara. Dentro do espaço, o movimento de clientes era pequeno, mas ainda assim maior do que o anterior. Isso animou um pouco mais a vendedora Marcela Viana, que comercializa artesanato, souvenirs e lembranças de Maceió.

"O movimento foi melhor no final da manhã e início da tarde, porque o sol forte trouxe muita gente para a praia. Esse segundo dia foi bem melhor que ontem (segunda). Conseguimos vender mais, Graças à Deus", analisou Marcela juntando às mãos em agradecimento.

O comentário foi logo após fechar mais uma venda do dia a turista mineira, de Betim, Luíza Vergueiro. Ela e as amigas chegaram a capital no final de semana e ainda não haviam parado para conhecer o artesanato alagoano e procurar lembranças para amigos e parentes. Depois de curtir a praia, garantir um bom bronzeado, o programa foi procurar artigos que representassem um pouco o passeio.

"Estamos aqui desde o final de semana e queríamos levar lembranças e comprar saídas de praia coloridas. Sentimos que o pessoal está atendendo as exigências sanitárias. E o melhor com preços compatíveis", constatou Luíza que ainda iria procurar uma saída de praia colorida em outra barraca. "A cidade é linda e está com pouca gente o que é ainda melhor", acrescentou a mineira esbanjando simpatia.

Se por um lado havia comerciantes já celebrando a retomada dos negócios, outros ainda se preocupam com as contas que estão pendentes. A maior preocupação é com o aluguel dos pontos, já que tiveram que pagar pelas mercadorias, algumas inclusive que se deterioram. Por isso, acreditam que uma negociação mediada pela prefeitura e até mesmo o Governo do Estado, para "perdoar o aluguel" do tempo em que estiveram fechados ajudaria muito no processo de retomada.

Esperança

No bairro do Pontal da Barra, o clima ainda é de espera. Sem o movimento de ônibus ou vans de turismo, muitos artesãos não abriram suas portas para expor produtos. E os que mantém uma rotina desde que Maceió aderiu a chamada fase laranja reconhecem que o fluxo de pessoas não tem ajudado nas vendas como de costume.

É o caso da comerciante e artesã Fátima Barreto que na última terça feira, mesmo mantendo a rotina ao lado de sua vendedora Rafaela da Silva, até o final tarde não havia vendido nada.

"Olha, desde que reabri, no dia 2 de julho já vendi alguma coisa. Mas, o movimento ainda não é dos melhores. Neste mesmo mês no ano passado estava bem melhor. Tenho fé que agora em agosto e setembro o cenário mude porque vai ser o período que também vai aumentar os vôos com turistas", profetizou Fátima de forma fervorosa.

Durante a fase mais crítica da pandemia, com a loja fechada a alternativa foi a venda de máscaras e pequenos adereços. Ainda assim, a rotina de limpeza das peças para evitar mofo e poeira foi mantida.

"Tenho peças aqui de filé, tanto para mesa como roupas, bordados e também no ponto renascença que são caras e delicadas que não podem ficar expostas a umidade. Por isso, estava sempre limpando e cuidando para deixar a loja pronta para receber os clientes", detalhou Fátima exibindo sua máscara com traço em filé.

Município

Já o município por sua vez, confirmou a reabertura do Mercado de Artesanato e do Shopping Popular.Assim como a Feirinha da Pajuçara, antes de reabrir todos os permissionários foram orientados a seguir medidas sanitárias de higienização pessoal e nos ambientes. Em todos os locais há tottens com álcool em gel nos acessos principais, bem como nos boxes de venda.

O diretor de Abastecimento da Semtabes, Jerson Santos, afirma que o local terá monitoramento para que todas as medidas sejam cumpridas. “Cada mercado tem uma dinâmica e disposição de atendimento, então estamos tratando cada um de acordo com sua necessidade. Neste primeiro momento, vamos monitorar a movimentação para que, se necessário, outras medidas de segurança sejam tomadas”, afirmou.

Os locais também terão um novo horário de funcionamento. O Mercado do Artesanato está aberto das 07h às 15h e o Shopping Popular das 09h às 17h. O Mercado do Artesanato fica localizado no bairro da Levada e o Shopping Popular na Rua do Livramento, no Centro.

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