O professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Régis Cavalcante, utilizou as redes sociais para criticar o Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (Ciosp) no atendimento à população quanto às denúncias de perturbação do sossego alheio. Ele denuncia que o serviço não funciona durante a madrugada. Cavalcante diz que, nas últimas três semanas, tem mantido contato com a Polícia Militar (PM), por meio do 190, para relatar uma prática de paredão na vizinhança onde mora - entre o conjunto Medeiros Neto e Fernão Velho, em Maceió, -, mas revela que ouve dos atendentes que a corporação não tem como resolver o problema. “Como morador na área, fiz diversos telefonemas para o 190 e, pasmem, você é questionado pelo funcionário da PM, que alega não poder fazer nada para apreender o som porque falta testemunha. O sujeito está praticando um flagrante delito e a polícia nada pode fazer. Essas gravações estão lá no 190 e o governo deveria avaliar melhor esta prestação de serviço ao público, afinal é uma emergência”, comenta. Ele afirma que, numa das tentativas para conseguir a intervenção da PM, ouviu do atendente do Ciosp a informação de que, somente naquela noite, o serviço atendeu ligações de 20 moradores incomodados com o som alto nesta região. “Está tudo gravado no 190 e a Polícia Militar nesta moleza para atuar. Fosse na porta do governador, a ação era de imediato”, acredita. Segundo Cavalcante, por três semanas, um paredão está tirando, literalmente, o sono e o sossego dos moradores do conjunto Medeiros Neto, chegando até Fernão Velho, devido à propagação do som. Ele diz que o dono encosta o equipamento em um posto de combustíveis, repetindo a perturbação todos os fins de semana e até o dia amanhecer. “O sujeito burla a lei do silêncio em plena pandemia, chegando ao local em torno de uma hora da madrugada, para infernizar os moradores. Hoje mesmo o som tocou até as três horas da manhã e parou ao ouvirmos o som de disparos de armas de fogo”, relata. O professor mora em um sítio que faz vizinhança com o posto de combustíveis onde o paredão é montado. Ele conta que a mata da área que onde reside fica por trás do estabelecimento, exatamente por onde o som se propaga. Segundo Régis Cavalcante, toda esta comunidade na parte baixa (Goiabeira, em Fernão Velho) sofre com este problema.
A Gazetaweb manteve contato com a assessoria de comunicação da PM, mas não obteve retorno até o fechamento dessa edição.