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Nº 5861
Política Francisco Araújo já foi secretário da gestão do ex-prefeito Cícero Almeida e hoje comanda a pasta da Saúde no DF

EX-SECRETÁRIO DE MACEIÓ É PRESO POR SUSPEITA DE DESVIOS

Francisco Araújo, hoje no cargo de secretário de Saúde do DF, foi detido numa ação que investiga compras durante a pandemia

Por Folhapress | Edição do dia 26/08/2020 - Matéria atualizada em 26/08/2020 às 06h00

Brasília, DF - O secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, foi preso na manhã de terça-feira (25), em uma nova operação do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) que apura fraudes em contratos assinados durante a pandemia de Covid-19. Ele já foi secretário da gestão do ex-prefeito Cícero Almeida. Araújo foi preso em sua casa em Brasília. A Promotoria ainda cumpre outros seis mandados de prisão e 44 de busca e apreensão. O MPDFT não confirma os nomes dos alvos dos mandados porque a operação ainda está sob sigilo da Justiça. As ações são desdobramento da Operação Falso Negativo, lançada no início de julho para apurar fraudes em contratos para aquisição de testes para detecção do coronavírus no Distrito Federal. Na ocasião foram cumpridos mandados de busca e apreensão no DF e em seis estados (São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina e Paraná). .Os alvos daquela operação foram Iohan Andrade Struck, subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde, e Jorge Antônio Chamon Júnior, diretor do Laboratório Central do DF. O valor total das dispensas de licitação sob investigação supera R$ 73 milhões. De acordo com as informações do inquérito, existem fortes indícios de superfaturamento na aquisição de insumos e evidências de que marcas adquiridas seriam de baixa qualidade para a detecção eficiente da coronavírus. Ou seja, além do possível mau uso de recursos públicos, as investigações apontam prejuízo no combate à pandemia, uma vez que os testes podem ter gerado resultados falsos na população. Em nota, o governador Ibaneis Rocha (MDB) disse lamentar a “desnecessária operação ocorrida nesta manhã e que culminou na prisão preventiva da cúpula da Secretaria de Saúde”. Rocha informou que confia irrestritamente no Poder Judiciário, mas ressaltou que o secretário Francisco Araújo e toda a sua equipe sempre se colocaram à disposição para esclarecer quaisquer fatos e mantiveram abertas as informações para os investigadores, “comprovando a inexistência dos crimes que estão sendo indevidamente acusados”. “Neste momento não resta outra alternativa da minha parte a não ser afastar preventivamente os acusados, com o único intuito de não paralisar os importantes serviços prestados à sociedade do Distrito Federal pela Secretaria de Saúde, em especial neste momento de pandemia”, afirma. Após a primeira fase da operação, o governador Ibaneis Rocha havia dito que permaneceria ao lado dos servidores até que fosse comprovada culpa. “Tivemos muitos problemas nas compras, principalmente de testes, que em determinado momento chegaram a um preço absurdo e é por isso que eles estão falando em superfaturamento. Mas até prova em contrário eu vou estar do lado desses servidores, aguardando as apurações, porque sei que eles terão todo direto a defesa”, disse ele no início de julho.

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