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Nº 5856
Política Representantes de entidades do comércio se reuniram com deputados para propor mudanças em projeto de lei

COMÉRCIO DEFENDE MÁSCARA, MAS QUER PUNIÇÃO PARA INFRATORES

Projeto de lei em tramitação na Assembleia pode mudar para que multa seja aplicada às pessoas

Por Kelmenn Freitas | Edição do dia 10/09/2020 - Matéria atualizada em 10/09/2020 às 06h41

O texto do Projeto de Lei 386/2020, que torna obrigatório o uso da máscara em espaços públicos durante a pandemia de Covid-19, pode sofrer alterações antes que seja colocado em votação na Assembleia Legislativa Estadual (ALE). A principal mudança deve ser quanto à aplicação da penalidade pela ausência do uso de máscara, que segundo o documento, em seu o artigo 4º, estabelece multas entre R$ 1 mil e R$ 100 mil aos estabelecimentos nos quais forem flagradas pessoas sem a máscara de proteção facial. O texto do Projeto de Lei pode mudar transferindo essa responsabilidade da falta de máscara para as pessoas que descumprirem a norma, eximindo as empresas do pagamento de qualquer multa. Representantes do setor produtivo de Alagoas (Fecomércio, ABIH, Abrasel, Aliança Comercial e Associação Brasileira de Shoppings Centers) receberam dos integrantes da Frente Parlamentar em Defesa do Comércio e de outros deputados estaduais o compromisso de que as mudanças serão analisadas. Os espaços públicos citados no projeto incluem repartições públicas, estabelecimentos comerciais, industriais e bancários, empresas prestadoras de serviços, entre outros. No encontro ocorrido na última terça-feira, na ALE, o presidente da Federação do Comércio do Estado (Fecomércio), Gilton Lima, entregou aos parlamentares um ofício no qual a Federação defende a imposição legal para o uso de máscaras nos ambientes descritos no projeto de lei, desde que o Estado seja capaz de imputar pena ao real infrator - ou seja, às pessoas que descumprirem a norma. A solicitação da Fecomércio é que seja apresentada uma emenda supressiva retirando todo o Artigo 4º do Projeto de Lei. Participaram da reunião as deputadas Jó Pereira (coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa do Comércio), Ângela Garrote e Cibele Moura e os deputados Bruno Toledo, Gilvan Barros, Jairzinho Lira, Davi Maia e Silvio Camelo. Do setor produtivo, além do presidente da Fecomércio, estiveram presentes André Guido (ABIH), Vega Vergetti (Abrasel), Robson Rodas (Associação de Shoppings) e Guido Júnior (Aliança Comercial). “O momento enseja bom senso, empatia e respeito com o próximo, sobretudo com o que gera emprego e renda em Alagoas. O Estado não deve exercer sua autoridade de forma abusiva ou autoritária, mas sim criar espaço para um processo justo e democrático, impondo penas com a justa comprovação de culpa e seguindo as regras processuais que todos devem observar”, destaca o documento. Os representantes do setor produtivo lembraram ainda que caso haja uma sobrecarga ainda maior de taxas, impostos e fiscalizações sobre o setor, isso representará menos postos de trabalho e até a extinção de diversos empreendimentos em Alagoas. Relatora do PL na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Jó Pereira disse que a matéria irá a plenário com uma redação que atenda o setor produtivo. A parlamentar também voltou a frisar a importância da aproximação entre o Poder Legislativo e o Comércio, lembrando que a Frente Parlamentar está à disposição também para construção de projetos que impulsionem o setor. A deputada citou como exemplo uma proposta de simplificação das normas tributárias que está sendo estudada por ela.

*COM INFORMAÇÕES DA ALE

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