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Política

DEPOIMENTO PRESENCIAL DE BOLSONARO É SUSPENSO

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Por Folhapress | Edição do dia 18/09/2020 - Matéria atualizada em 18/09/2020 às 06h00

O ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu nesta quinta-feira (17) suspender o depoimento do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura se ele violou a autonomia da Polícia Federal. A acusação foi feita por Sergio Moro ao pedir demissão do Ministério da Justiça em abril. A oitiva estava marcada para ocorrer entre os dias 21 e 23 de setembro, mas Marco Aurélio suspendeu a tramitação de todo o inquérito até que o plenário do STF decida se o chefe do Executivo tem ou não o direito de depor por escrito. O ministro Celso de Mello havia obrigado o chefe do Executivo a ser interrogado presencialmente, mas Bolsonaro recorreu e Marco Aurélio remeteu a decisão ao plenário do STF. “Determino a suspensão da tramitação do inquérito até a questão ser submetida ao pleno”, determinou o ministro. Assim, fica suspensa a oitiva até que o conjunto de ministros da corte discuta o tema. Em transmissão ao vivo desta quinta, Bolsonaro comentou o caso. “Se Deus quiser, a gente enterra logo este processo e acaba com esta farsa do ex-ministro da Justiça”, disse. O recurso de Bolsonaro para não comparecer à PF contrasta com o que ele mesmo havia dito em entrevista em 2 de junho no Palácio do Alvorada. Na oportunidade, o chefe do Executivo disse que, para ele, não fazia diferença a forma do interrogatório. “Para mim, tanto faz. O cara, por escrito, eu sei que ele tem uma segurança enorme na resposta, porque ele não vai titubear. Ao vivo, pode titubear. Mas não estou preocupado com isso. Posso conversar presencialmente com a Polícia Federal sem problema nenhum”, disse o presidente. O recurso da AGU (Advocacia-Geral da União) foi encaminhado a Marco Aurélio porque Celso, que é o relator do caso, está de licença médica. Não há data para o julgamento do tema no plenário. O presidente da corte, ministro Luiz Fux, ainda não definiu quando pautará a discussão e sinalizou a interlocutores que pretende conversar com Celso antes de tomar essa decisão. Fux também entende que o ideal seria analisar o recurso da AGU com todos os ministros presentes. Isso pode atrasar a análise do caso, uma vez que Celso está de licença médica prevista para acabar em 26 de setembro.

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