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Nº 5859
Política Marcelo Crivella é acusado de suposto abuso de poder político nas eleições de 2018

TRIBUNAL FORMA MAIORIA PARA TORNAR CRIVELLA INELEGÍVEL

Se condenado, prefeito ficaria inelegível por oito anos a partir do fato, ou seja, até 2026; ele é candidato à reeleição em novembro

Por CATIA SEABRA - FOLHAPRESS | Edição do dia 22/09/2020 - Matéria atualizada em 22/09/2020 às 06h00

Rio de Janeiro, RJ - O TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) formou maioria nesta segunda-feira (21) para tornar inelegível o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) por suposto abuso de poder na convocação de funcionários da companhia municipal de limpeza urbana para participação de ato político na eleição de 2018. Se condenado, Crivella ficaria inelegível por oito anos a partir do fato, ou seja, até 2026. Ele é candidato à reeleição e poderia manter a candidatura até esgotar todos os recursos. Dos 7 integrantes da corte, 6 votaram pela condenação do prefeito. A sessão foi interrompida a pedido do desembargador Vitor Marcelo, que pediu vista, o que deve deixar a conclusão do julgamento para a próxima quinta-feira (24). Até o momento, prosperou a tese do relator Cláudio Dell’Orto de que “não se pode fechar os olhos” para o envolvimento de Crivella na convocação de servidores públicos para um ato que culminou com o pedido de votos para seu filho e então candidato a deputado federal, Marcelo Hadge Crivella. Além da inelegibilidade, a sanção prevê cobrança de multa no valor de R$ 106 mil. Em setembro de 2018, funcionários da Comlurb (companhia municipal de limpeza urbana) foram transportados em carros oficiais para uma reunião na quadra da Estácio. No encontro, Marcelo Hodge Crivella foi apresentado pelo pai como pré-candidato. “Eu não podia deixar de vir aqui pedir a vocês, humildemente. Não é o prefeito que tá pedindo, nem é o pai do Marcelinho. É um carioca”, disse o prefeito. Além do pedido no caso da Comlurb, o Ministério Público Eleitoral pediu a condenação de Crivella por sua participação em outro evento realizado em 2018. Na reunião com cerca de 250 líderes evangélicos, ocorrida no Palácio da Cidade e apelidado de “Fala com a Márcia”, Crivella recomendou que dois funcionários da prefeitura fossem procurados caso os fiéis necessitassem de cirurgias nos olhos. “Nós estamos fazendo o mutirão da catarata. Eu contratei 15 mil cirurgias até o final do ano. Então, se os irmãos tiverem alguém na igreja, e se os irmãos conhecerem alguém, por favor, falem com a Márcia. Ou com o Marquinhos”, disse Crivella, em julho de 2018. Nesse caso, os desembargadores acompanharam o relator pela improcedência do pedido.

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