A crise interna no Diretório Municipal do Democracia Cristã (DC) teve mais um capítulo, na tarde de ontem, com a renúncia de seu presidente, o empresário Max Palmeira. Em carta enviada à Direção Nacional do partido, ele criticou a decisão da legenda em manter e apoiar a candidatura de Cícero Almeida para prefeito de Maceió. “Onde couber Almeida não me cabe, porque ele não fala a verdade para o povo de Maceió”, disparou Max ao ser contatado pela Gazetaweb.

O tom crítico também foi mantido na carta endereçada aos dirigentes da legenda. Nela, o agora ex-presidente explica que deixa o comando do partido “por não compactuar com a ditadura e pressões determinadas pelo Comando Nacional do Partido Democracia Cristã”. No início da semana ele havia dito que, diante das especulações de que Almeida poderia ter apoio nacional, iria abandonar e revelar a verdade. Mas, até o momento, sua versão para os fatos ainda não foi totalmente esclarecida. O que se sabe é que há três semanas todos no DC de Maceió estavam eufóricos com o fato de mesmo sendo uma legenda “nanica”, sem tempo de TV e rádio, tinha um candidato que surgia com mais de 14% nas pesquisas de intenção de votos e com possibilidade de crescimento. Tanto foi assim que até conseguiram atrair o PTB, comandado pelo deputado Antônio Albuquerque, para a composição e por pouco não fecharam com o Pros. A partir daí o que se viu primeiro foi um silêncio em torno do projeto e, posteriormente, o vazamento da crise interna. Segundo Almeida, existiram “manobras” para lhe tirar do páreo da disputa eleitoral, inclusive com a produção de uma carta de renúncia que também nunca foi tornada pública. Diante da saída de Palmeira, o DC não divulgou nenhuma informação de quem estará no comando da legenda, em Maceió, durante o processo eleitoral. Porém, o que se sabe é que isso prejudica ainda mais a já escassa falta de estrutura disponível para o candidato.