Brasília – O presidente nacional do PFL, senador Jorge  Bornhausen (SC), afirmou, ontem, que a desistência do governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), é o  primeiro sinal de fraqueza da  candidatura tucana. “Isso mostra que Serra não tem consistência eleitoral”, afirmou. A recusa de Jarbas a concorrer à vice-presidência está sendo comemorada pela oposição. Já para os tucanos, a deserção é apenas um obstáculo momentâneo, que não afeta a aliança com o PMDB. A recusa do governador de Pernambuco surpreendeu e frustrou o candidato José Serra, as direções do PSDB e PMDB e do presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas não foi só isso: líderes tucanos e peemedebistas avaliam nos bastidores que a desistência de Jarbas provocou um “curto-circuito” na parceria PSDB-PMDB. “A saída do Jarbas foi muito ruim”, reconheceu Serra ontem, ao admitir que só lhe resta esperar uma decisão do PMDB, quanto ao substituto de Jarbas. Um dirigente tucano adverte, porém, que não é bem assim. Enquanto os dirigentes do PMDB administram as disputas internas pelo cargo de vice de Serra, com novos postulantes que se insinuam a cada instante, o dirigente do PSDB diz que o partido não assistirá as articulações do aliado de braços cruzados. Como muitos tucanos já começam a esboçar resistências a alguns nomes cogitados para substituir Jarbas – o do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é um deles – o dirigente do PSDB não tem dúvidas: “Além do vice, o Serra perdeu o sossego e a garantia de um bom relacionamento com o parceiro de aliança”.