app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5861
Política Arapiraca tem oito candidatos a prefeito e fica no mesmo patamar de Maceió e União

ELEIÇÃO EM AL TEM MUNICÍPIOS QUE ATRAEM MAIS CANDIDATOS

Turismo, agropecuária, indústria e até royalties estão entre os principais atrativos

Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 24/10/2020 - Matéria atualizada em 24/10/2020 às 04h00

A quantidade de candidatos que disputam as prefeituras alagoanas chamam a atenção, por conta do perfil de algumas cidades. Ascensão econômica com o turismo, agropecuária, indústria, royalties e o comércio forte são atrativos que indicam o interesse dos partidos e “caciques políticos”. Nesse quesito, Maceió - com dez candidatos inscritos - lidera o ranking, seguida de União dos Palmares e Arapiraca, cada uma com oito interessados. Fechando a lista das onze cidades com cinco candidatos cada destacam-se: Batalha, Penedo, Barra de São Miguel, Delmiro Gouveia, São José da Tapera e Cajueiro. A situação peculiar de Maceió, conforme já definiu em outras oportunidades o pesquisador Marcelo Bastos da MP Pesquisas e Consultoria, o fato da esquerda ter se esfacelado em cindo partidos ao invés das antigas “frentes” ajudou no volume. A diáspora política liderada pelo PT, que precisava criar um palanque virtual para Lula e o “seu legado” é um capítulo a parte. Porém, a “briga de fato” está em torno de quatro: Alfredo Gaspar (MDB), João Henrique Caldas (PSB), Davi Davino Filho (Progressistas) e Cícero Almeida (DC). Muito mais que a orçamento da cidade, o jogo político que se desenrola é para saber quem comandará a capital e, naturalmente, será o “padrinho político” do futuro governador do Estado, em 2022. “Quem ganha essa eleição se torna o principal cabo eleitoral do futuro candidato, podendo o próprio vencedor vir a ser um eventual nome”, analisou o pesquisador entre as várias análises que já fez do atual cenário. A visibilidade e a influência também são componentes que não podem ser descarados. É o que ocorre com a segunda economia do Estado, depois da capital. Vencer em Arapiraca, significa ganhar projeção do segundo maior colégio eleitoral, construir um “grupo político” que garanta futuros pleitos e ainda ter maior poder de barganha junto ao Governo do Estado, já que ele próprio tem seus interesses em também construir bases eleitorais no interior. Um detalhe importante é que a partir de Arapiraca, outras 17 cidades dependem de sua economia e a oferta de serviços. Um prefeito eleito por lá é quase um “governador” de uma microrregião considerada estratégica, inclusive, pelo Banco do Nordeste que detém uma política própria de investimentos por conta da capacidade de geração de empregos tanto na agricultura, como no setor terciário, um dos maiores empregadores. O fato da cidade também ter se transformado num centro formador com opções de ensino superior custeados pelo Estado e o Governo Federal, atrai por ano milhares de estudantes que acabam concretizando o sonho de cursar uma faculdade e, consequentemente, se tornarem futuros investidores e pequenos negócios, profissionais liberais entre outros. Não é a toa que a disputa no município tem oito candidatos: Luciano Barbosa (MDB), ex-prefeito e atual vice governador; Tarcizo Freire (Progressistas), Fabiana Pessoa (Republicanos) prefeita efetiva após a morte de Rogério Teófilo; Cláudio Canuto (Patriota), Hector Martins (Cidadania); Lindomar Ferreira (PSOL); Odilon Tenório (PMN) e Gilvan Barros (Solidariedade). Com oito candidatos União dos Palmares, terrá histórica de Zumbi, com terras abundantes com o plantio de cana de açúcar reina soberana na zona da mata. Sempre teve influência política e mistura sua economia com o comércio, agricultura e turismo histórico. É um importante colégio eleitoral para a região e sempre contou com representação política com influência. Talvez isso explique a disputa acirrada entre: Kil (MDB) prefeito e que tenta a reeleição; Caju (PSDB); Paulo Newton (Avante); Profª Silvany (PRTB); Sebastião de Jesus (Cidadania); Sérgio (PT); Tita (PDT e Zé Alfredo (PTB). A quarta cidade com o maior número de candidatos é Santana do Ipanema, no sertão de Alagoas. Com uma economia voltada para a agricultura e pecuária, é um centro comercial importante para a região com influência política historicamente ligada a família Bulhões. De lá saiu o ex-governador Geraldo Bulhões, já falecido. Este ano, seu irmão, o ex-prefeito Isnaldo Bulhões morreu vítima de Covid-19. Desde então a cidade é comandada pela filha Crhistiane Bulhões (MDB) que disputa com outros seis concorrentes: Afonso Gaia (DEM); Edson Magalhães (Cidadania); Marciano do Couro (PSDB); Mário Silva (Republicanos) e Meirica (PSDB). A disputa na cidade contrasta com Olho d´Água do Casado, também na região do semiárido, mas com apenas dois candidatos a prefeitura: Zé dos Santos (PT) e Elio Alencar (PSD). A economia é uma das menores do estado centrada na agricultura, pecuária e o turismo, desde a construção da hidroelétrica do Xingó.

Litoral Sul

Situação bem diferente de Marechal Deodoro, na região metropolitana de Maceió, que também só conta com dois candidatos na disputa, mas que tem uma economia diversificada com o Pólo, turismo histórico e de praias, além de contar com royalties da Petrobras. No momento o prefeito Cacau (MDB) candidato a reeleição enfrenta Júnior Dâmaso (PTB).Avançando pelo litoral sul, encontramos Barra de São Miguel onde a corrida pelo voto conta com cinco candidatos na disputa. O experiente Benedito de Lira (Progressistas) , ex-senador escolheu a cidade para reiniciar sua vida política. Ele enfrenta: Ângela Stemeler (PCdoB); Jailton (DC); Silas (PTB), Taciane Ferro (PSD). A vocação turística da cidade é o que mexe com sua economia, que também se aquece no carnaval já que é um importante balneário muito visitado pelos alagoanos de classe média alta que investiram bastante em casas de veraneio.Mais ao extremos, em Coruripe, cidade com economia centrada na agricultura e turismo, só há três candidatos na disputa, porém, a divisão da família Beltrão com Maycon Beltrão (PSD), apoiado pelo irmão o deputado federal Marx Beltrão (PSD) e o deputado estadual Marcelo Beltrão (Progressistas). As questões sociais do município.Tensão

Em Batalha, o clima de disputa também é cercado de expectativa já que a cidade vive uma tensão constante em função de crimes relacionados ao processo político. Importante para a economia por liderar a bacia leiteira do Estado, no momento conta com cinco candidatos para o pleito.

A prefeita Marina Dantas (MDB) é candidata a reeleição com o apoio do marido, o deputado estadual Paulo Dantas (MDB), enfrentando: Luciano Melo (DEM); Paulo José (PSB); Romeu Policial (Avante) e Zé Paulo (PL). Futuro

Entre as cidades com quatro candidatos na disputa, São Miguel dos Milagres, chama a atenção por conta de sua clara evolução provocada pelo turismo. A produção agrícola continua com força, mas o crescimento exponencial da região ocorre em função de ter entrado no roteiro nacional que inclui celebridades. Isso impulsionou a arrecadação com o setor de serviços o que a coloca numa posição favorável de discutir, neste pleito, o seu futuro para os visitantes do estado, dos vizinhos e das personalidades da mídia.

O prefeito Bureco Ataíde (MDB) é candidato a reeleição, mas com outros três concorrentes: Jadson (PTB); Nivaldo Lessa (PCdoB) e Théo Pontes (Pros). 

Mais matérias
desta edição