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Nº 5693
Política Para JHC, governador e prefeito se separaram e se ausentaram da situação nos bairros

JHC DIZ QUE VAI DESPOLITIZAR POSTOS DE SAÚDE DA CAPITAL

Candidato do PSB é o último sabatinado pela TV Mar e também critica gestores no caso Braskem

Por thiago gomes | Edição do dia 31/10/2020 - Matéria atualizada em 31/10/2020 às 04h00

Último a ser sabatinado pela Organização Arnon de Mello (OAM), o candidato a prefeito de Maceió JHC (PSB) criticou o governador Renan Filho (MDB) e o prefeito Rui Palmeira (sem partido) na postura que adotaram - de rixa política - em relação aos problemas de afundamento do solo em vários bairros, causados pela exploração de sal-gema. Ele também prometeu despolitizar os postos de saúde, atualmente controlados por vereadores. Para JHC, governador e prefeito se separaram e se ausentaram da situação, sendo necessária uma intervenção da bancada federal para que o cenário fosse nacionalizado. “Criamos uma comissão, da qual sou presidente, na Câmara Federal, para investigar a Braskem. O assunto não estava sendo pautado e nacionalizei a questão. O presidente da empresa foi sabatinado e ficou tão incomodado com as nossas perguntas que pediu para sair um mês depois. Então, diante do que estava acontecendo, só vimos o governador e o prefeito brigados e que acabaram se juntando, só agora, para apresentar um candidato”, expôs.

Ele confirmou que a maioria dos postos de saúde está loteada entre os políticos, com distribuição de cargos na gestão. Segundo JHC, todo vereador tem uma unidade de saúde para administrar, situação que ele pretende eliminar, caso seja eleito. “O atual secretário de Saúde [José Thomaz Nonô] chamou os servidores e funcionários contratados que estão na linha de frente de vagabundos. Ele não tem aptidão técnica para estar na função e, ainda, apoia um candidato que, agora, fala que tem a solução para a saúde. Mostram uma ficção em um claro golpe de marketing”. O candidato prometeu acabar com o Complexo Regulador (Cora) e tirar o comando dos postos de saúde das mãos de políticos. Ele ainda chamou o programa ‘De Frente para Lagoa’, prometido por Rui Palmeira, como o “maior estelionato eleitoral cometido pelo atual prefeito. “É um problema que a administração resolveu, mas há um projeto que já garantiu R$ 142 milhões para reurbanização da orla lagunar, que vai construir moradias dignas, gerar emprego e renda e levar os turistas para aquela região”. O pessebista fez críticas diretas ao candidato dos Governos, Alfredo Gaspar de Mendonça (MDB), em diversas oportunidades durante a entrevista. Ao se referir ao escândalo de pagamentos das GDEs [Gratificações por Dedicação Excepcional] na Assembleia Legislativa Estadual (ALE), JHC disse que Alfredo era coordenador do Gecoc, à época, mas nada teria feito para evitar os prejuízos aos cofres públicos. Também foi citada a indicação de Alfredo, enquanto era procurador-geral de Justiça, para que o filho, Carlos Mendonça Neto, assumisse a Adeal [Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas]. “O Ministério Público deveria estar fiscalizando o governo do Estado e não indicando cargos no Estado. Cadê a moralidade do Ministério Público?”.

Ele ainda se referiu a obras esquecidas e paradas em Maceió, sob a responsabilidade da Prefeitura e do Governo do Estado, a exemplo da duplicação da AL-101 Norte, do viaduto da PRF e da Eco Via Norte. “A atual gestão é amadora e só trabalha com base no marketing. Efetivamente, todas estas obras estão paradas. Eu, inclusive, já falei com o ministro sugerindo que o Governo Federal retome o controle da obra do viaduto, porque o Estado não tem competência para fazer”. Se for prefeito, JHC informou que pretende manter o diálogo aberto com o Governo Jair Bolsonaro, mesmo com o partido, em escala nacional, estar no bloco de oposição. “Tenho uma relação pessoal com o Eduardo Bolsonaro. Já tomei café na casa dele, conheço a maioria dos ministros, que já foram meus colegas de Parlamento, e, certamente, terei a melhor relação possível. Tenho 10 anos de vida pública, nada que desabone minha trajetória, fui terceiro secretário da Câmara e geri um orçamento de R$ 6 bilhões de forma austera, conseguindo devolver R$ 1 bilhão. Tenho experiência como gestor, como mestrando em gestão pública e não fiz acordos políticos”.

Também propôs parcerias para jovens da periferia retirar a CNH e desburocratizar os procedimentos para abertura de pequenos negócios em Maceió. Ele ainda prometeu acabar com o que chama de máfia da iluminação e do transporte público na capital.

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