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Nº 5856
Política Democrata Joe Bide caminha para ser o 46º presidente dos Estados Unidos

DEMOCRATA JOE BIDEN É O VIRTUAL PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS

Adversário de Trump garante 270 votos no colégio eleitoral com anúncio da vitória na Pensilvânia

Por Da Redação, com agências | Edição do dia 07/11/2020 - Matéria atualizada em 07/11/2020 às 04h00

O democrata Joe Bide é considerando virtualmente eleito o 46º presidente dos Estados Unidos. Sua vitória reflete uma eleição confusa e vergonhosa daquela que se autodeclara – assim como Donald Trump tentou fazer com a reeleição – a maior democracia do mundo. Mais de uma hora da anunciada virada do democrata na Pensilvânia, o que lhe garante mais 20 delegados no colégio eleitoral, superando em três os 270 necessários, o site “Decision Desk HQ” já cravava que Biden estava eleito, enquanto os grandes veículos de comunicação ainda temiam cair no discurso de fake news propalado por Donald Trump.

Imagine se essa eleição repleta de acusações de fraudes e com uma apuração vergonhosa acontecesse da mesma forma em países como Bolívia e Venezuela, o que a OEA teria feito? O que o porta-voz dos EUA diria?

Mesmo com Biden, os EUA não devem mudar seu modus operandi para atacar a democracia de outros países, especialmente na América Latina, onde costumam manter alguns cachorros no poder para cuidar do que tratam historicamente como seu quintal. A vitória de Biden, mesmo ainda não oficializada pelos meios de comunicação – sim, sem um tribunal eleitoral que centralize e decrete oficialmente um resultado -, muda o discurso grosseiro e ignóbil de Trump nas relações internacionais, mas não altera o que os EUA fazem mundo afora. No entanto, o maior legado que esta eleição de 2020 deixa – ou ao menos deveria deixar, se não fosse tamanha prepotência – é desnudar o processo confuso e vergonhoso de se eleger representantes para o comando de um país que fala grosso com a democracia em outros países, mas que se cala quando mostra o próprio rabo.

RECONTAGEM

As autoridades da Geórgia informaram na noite dessa sexta-feira (6) que procederão a uma recontagem dos votos das eleições americanas neste estado, onde o candidato democrata Joe Biden aparece à frente do presidente e candidato à reeleição, Donald Trump, por uma pequena margem. A legislação estadual da Geórgia prevê que, caso a diferença entre os candidatos seja menor do que 0,5 ponto percentual, é possível pedir a recontagem. O vencedor na Geórgia conquistará os 16 votos que o estado tem no Colégio Eleitoral, que determina o vencedor da eleição. Segundo projeções de jornais como o The New York Times, Biden tem 253 votos contra 214 de Trump no Colégio Eleitoral. Para vencer, são necessários 270 votos. Levantamento das 17h10 (de Brasília) mostrava que Joe Biden tinha 1.585 votos de vantagem sobre o presidente Donald Trump no estado, com 99% dos votos apurados, conforme explicado pelo gerente de votação local, Gabriel Sterling. Além da Geórgia, pelo menos outros três estados decisivos para o desfecho da apuração das eleições americanas deste ano podem passar pelo processo de recontagem de votos - o que atrasaria ainda mais o resultado final da disputa. São eles: Pensilvânia, Nevada e Wisconsin. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na sexta-feira que seu adversário nas eleições, o democrata Joe Biden, não pode “reivindicar indevidamente o cargo de presidente dos Estados Unidos”. Em uma publicação numa rede social, o presidente disse ainda que “as ações judiciais estão apenas começando”, indicando que os advogados de seu partido devem entrar com mais processos na Justiça questionando os resultados do pleito. Até o momento, a campanha republicana já tem ações em curso em Nevada, Pensilvânia e Geórgia -onde o democrata aparece à frente nos resultados parciais por uma pequena margem- e em Michigan, onde projeções já deram a vitória a Biden. Em Wisconsin, onde Biden também já foi projetado como vencedor, o Partido Republicano solicitou uma recontagem dos votos. Durante a campanha, Trump já havia atacado a integridade do sistema de votação dos EUA. Apesar das alegações e de uma acusação infundada de que os democratas estão tentando “roubar” a eleição, especialistas dizem que fraudes são raras.

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