Em assembleia extraordinária realizada na terça-feira (10), os policiais civis de Alagoas decidiram paralisar as atividades por 48 horas a partir de hoje (11) em protesto contra o governo do Estado, que recebe críticas por não valorizar os profissionais que atuam no combate à criminalidade. A paralisação começa às 8 horas com volta ao trabalho na manhã de sexta-feira (13). Os policiais civis decidiram que haverá ato público durante o dia na Central de Flagrantes, no Farol, hoje e quinta-feira (12). Durante a assembleia ficou decidido que, durante a paralisação, haverá um flagrante por vez, não serão realizadas oitivas (Declarações, Depoimentos e Interrogatórios) e que não serão feitos Boletins de Ocorrência com exceção dos BOs de estupro, SVO, flagrante e homicídio. Os agentes também não sairão para cumprir mandados de prisões e mandados de busca e apreensão e que não irão para operações policiais nas ruas. Sem conseguir negociar com o governador Renan Filho (MDB), apontado pela categoria por ignorar os policiais civis e contemplar outros profissionais da Segurança Pública, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) reuniu trabalhadores para discutir as mobilizações que acontecerão durante a semana. O governo do Estado prometeu - segundo o Sindpol - se reunir até dia 30 de outubro com a entidade, mas não cumpriu, situação que indignou a categoria, que cobra valorização. “Há três anos que os policiais civis, que reduziram a violência em Alagoas, lutam pela valorização. O governador concedeu reajuste salarial aos delegados e aos policiais militares, de nível médio, que atualmente recebem piso salarial maior que os policiais civis, que possuem nível superior. Várias categorias da segurança pública também avançaram em suas reivindicações”, informa o Sindpol.