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Nº 5854
Política Nas Eleições 2020, a superintendência da PF em Alagoas empregou 92 policiais na capital

PF INVESTIGA 60 CASOS DE CORRUPÇÃO ELEITORAL EM ALAGOAS

Delegacia de Combate ao Crime Organizado abre inquéritos que investigam compra de votos, boca de urna, fake news e injúria

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 17/11/2020 - Matéria atualizada em 17/11/2020 às 09h11

Apesar de ainda não ter a totalização de inquéritos abertos no combate aos crimes eleitorais em Alagoas, a Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado da Superintendência da Polícia Federal do Estado instaurou 60 inquéritos policiais de crimes eleitorais. Ainda existem dezenas de casos em fase de investigação e instauração de inquéritos. A maioria dos crimes eleitorais trata de compra de votos, boca de urna, divulgação de fake news, desinformações e outros crimes, revelou o delegado de Combate ao Crime Organizado da PF/AL, Leopoldo Soares Lacerda. “O número de inquéritos tende a crescer. Algumas ocorrências do interior ainda estão em fase de investigação ou estão chegando a superintendência da Polícia Federal”, disse o delegado sem revelar detalhes dos inquéritos que ao serem concluídos serão enviados a Procuradoria Eleitoral do Estado e ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Na operação Eleições 2020, a superintendência da PF empregou 92 policiais na capital. Eles atuaram de forma preventiva no combate aos crimes eleitorais junto com equipes de inteligência das Polícias Civil e Militar. Com relação aos 60 inquéritos instaurados, o delegado Leopoldo Lacerda confirmou que “a maioria trata de corrupção eleitoral. Existem também muitos casos de injúria eleitoral: um determinado candidato agrediu, publicamente ou pelas redes sociais, o adversário. Também há registros significativos e fake news e desinformação criminosa. Essas foram as principais ocorrências que resultaram em inquéritos policiais”. A prisão da prefeita de Palestina, Isabele Alcântara (PT), não foi feita pela PF. “Esta ocorrência não chegou ao nosso conhecimento, oficialmente. Foi feita pela polícia local”, disse o delegado de Combate ao crime Organizado. No balanço geral das operações determinadas pela Justiça Eleitoral, o delegado Leopoldo Lacerda disse não ter sido registrado “nenhum caso grave capaz de influenciar ou comprometer as eleições municipais”. Considerou as ocorrências como “relativamente normal de períodos eleitorais” e avaliou que a tranquilidade do pleito “ é fruto do trabalho de prevenção desenvolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral, Ministério Público Eleitoral e pelas forças federais e policiais de Alagoas”. O destaque da PF neste pleito foi a utilização das novas tecnologias de combate ao crime organizado ou crimes eleitorais. “A utilização de drones e a criação do núcleo de Combate a Desinformação que contou com policiais especialistas de prontidão para dar resposta rápida e eficaz para inibir estes tipos de crimes, teve um papel relevante. Alguns casos foram interceptados antes do comprometimento do processo”. O delegado revelou que a Superintendência da Polícia Federal já iniciou os preparativos e planejamento para as operações visando garantir a tranquilidade das eleições no segundo turno de Maceió. “Parte do efetivo será empregado em operações de combate a corrupção eleitoral. Iremos utilizar também uma estratégia com força preventiva a fim de coibir crimes cibernéticos e outros possíveis ilícitos”, diz.

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