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Política Deputado Davi Maia diz acreditar que o xingamento tinha um tom ameaçador: “Ele partiu para cima de mim”

DEPUTADO DIZ QUE FOI XINGADO DE 'CABRA SAFADO' POR GASPAR

Davi Maia conta que ouviu a provocação do candidato nos bastidores da sabatina na Ufal

Por thiago gomes | Edição do dia 27/11/2020 - Matéria atualizada em 27/11/2020 às 04h00

O deputado estadual Davi Maia (DEM) revelou, em entrevista à TV Mar, que foi xingado de “cabra safado” pelo candidato dos Calheiros e de Rui Palmeira (sem partido), Alfredo Gaspar de Mendonça (MDB), na noite de quarta-feira (25), nos bastidores da sabatina com os postulantes à Prefeitura de Maceió, promovida pela Fundepes [Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa], da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

O parlamentar disse que estava no local para acompanhar o candidato JHC (PSB). E informou que, ao entrar no estúdio onde a transmissão aconteceria, ouviu o xingamento pronunciado por Alfredo, que estava atrás da porta. “Virei para verificar se a frase era direcionada a mim e confirmei que era. Não entramos nas vias de fato, porque o meu debate é oral, na fala e no debate. Não vou me rebaixar ao nível do Alfredo Gaspar de Mendonça. Disse a ele o que eu achava que deveria dizer, e quem estava no estúdio testemunhou tudo”, contou o deputado. Maia diz acreditar que o xingamento tinha um tom ameaçador. “Ele partiu para cima de mim achando que continuava sendo o doutor que todos temiam. Vive rodeado de seguranças, mas eu não tenho medo dele, e, se eu tivesse medo de fazer política, não faria oposição ao governador Renan Calheiros no exercício do mandato parlamentar”. O deputado informou que pretende, ainda nesta quinta-feira (26), tomar outras providências acerca deste fato específico. Ele não revelou, no entanto, que atitude tomará a partir de agora. “Agora não vamos ter medo. O Alfredo diz que tem pulso firme, mas esta atitude só serve para os mais humildes. Tem rabo preso com os Calheiros e, agora, boca mole, porque perdeu totalmente o discurso que tinha. Ao longo desta campanha, ele está sendo dissecado. A imagem dele será a mesma”, externou o parlamentar. Ele lembrou, durante a entrevista, o episódio envolvendo o seu irmão, que flagrou a distribuição de jornais de procedência duvidosa estampando matérias contra JHC. O material estava sendo espalhado por supostos apoiadores da campanha de Alfredo. Reafirmou que ele e a família estão se sentindo ameaçados e, por isso, pediu segurança individualizada. “Esta é uma eleição muito difícil e estranha. Nunca vi, na história dos pleitos eleitorais em Maceió, tanta opressão e prática descarada de abuso de poder político e econômico. Ao longo da campanha, foram distribuídas cestas básicas para os eleitores com intuito de compra de votos, estão oprimindo funcionários públicos para engajamento na campanha do Alfredo Gaspar e intensificando asfaltamento de ruas na capital, com carros de som passando reafirmando o apoio à candidatura apoiada pelo governador e pelo prefeito”, diz.

Ele pediu à Justiça Eleitoral, ao Ministério Público Eleitoral e à Polícia Federal (PF) ações concretas para investigar e coibir estas práticas.

OUTRO LADO

Em nota, a campanha de Alfredo Gaspar informou que, “em nenhum momento o candidato usou essa expressão para se dirigir a quem quer que seja” e classificou a acusação como uma tentativa de fabricar fake news. Confira, na íntegra: Em nenhum momento o candidato usou essa expressão para se dirigir a quem quer que seja. Trata-se de mais uma tentativa de fake news dos adversários para tumultuar o processo eleitoral. A rodada de perguntas transcorreu em clima propositivo e democrático, como atestam o reitor da UFAL, Josealdo Tonholo e o diretor-presidente da Fundepes, Ricardo Wanderley, que promoveram o encontro, em depoimentos nas redes sociais da entidade.

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