Política
JUSTIÇA ELEITORAL LAMENTA “BAIXO NÍVEL” DA CAMPANHA DO 2º TURNO
Corregedor revela “tristeza” com os candidatos que preferiram trocar acusações nos últimos dias

Os cinco juízes das zonas eleitorais e os dois magistrados encarregados de fiscalizar a propaganda eleitoral da capital trabalharam forte e tiveram dificuldades para manter o nível elevado da campanha e no combate às fake news. Os últimos dias de campanha deste segundo turno foram marcados pela troca de acusações e “baixa” campanha propositiva. Os candidatos Alfredo Gaspar de Mendonça (MDB) e João Henrique Caldas (PSB) participaram de sabatinas, debates e patrocinaram troca de acusações pessoais que chamaram a atenção até do pleno do Tribunal Regional Eleitoral. O vice-presidente do TRE e corregedor, desembargador Otávio Leão Praxedes disse que “as agressões e as notícias falsas nos entristece bastante e não contribui para o avanço da democracia”.
FAKE NEWS
Segundo o corregedor, “os juízes trabalharam muito para inibir os atos de denegrir e espalhar fake news”. Ao falar da tristeza que sente com as notícias falsas espalhadas entre os eleitores, explicou que “as fake news tenta colocar inverdades em cima de determinadas posturas e posições dos políticos”. O desembargador do TRE/AL alertou aos envolvidos que hoje o Tribunal Superior Eleitoral, Ministério Público Eleitoral, os Tribunais Regionais, as polícias estão atentas a todos aos movimentos dos candidatos e dos aliados. “Os casos que chegarem ao tribunal serão apurados”, diz.
PROBLEMAS
Ao ser questionado sobre o que mais o preocupava a Justiça Eleitoral neste segundo turno das eleições em Maceió, respondeu que foram os problemas técnicos que marcaram o atraso da divulgação do resultado da eleição. Por conta dos problemas nos computadores do TSE que sofreram ataques de hackers, falhas técnicas nos processadores e falhas técnicas também em mais de 100 urnas eletrônicas de Alagoas. “Desejamos que a divulgação do resultado ocorra em tempo real. Porque no primeiro turno houve um atraso muito grande”. O desembargador Otávio Praxedes explicou que, “o TSE centralizou a totalização, ficou encarregado de divulgar o resultado [continuará assim no segundo turno] e houve atraso também aqui na nossa central de tecnologia e Informática por causa de urnas que apresentaram defeitos. Mas, estes problemas todos estão sendo sanados para que o resultado da eleição seja conhecido dentro de um tempo razoável no processo que é totalmente informatizado”. Os problemas, porém, não afetaram nenhum resultado das eleições nos 102 municípios de Alagoas, afirmou o vice-presidente do TRE de Alagoas que mais uma vez sustentou a confiabilidade da urna e descartou a possibilidade de novas eleições por conta de supostas denúncias, sem provas, de fraude eleitoral. “Nova eleição pode até acontecer, por outras circunstâncias. Mas, não por causa da urna eletrônica. O equipamento representa para nós, da justiça eleitoral, uma segurança até agora inquestionável e é um orgulho da democracia brasileira”, afirma ele à reportagem da Gazeta.