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Nº 5693
Política Novo montante estimado para AL é de R$ 2,6 bilhões para serem usados na educação

ALAGOAS DEVE PERDER R$ 229,6 MI COM NOVA ESTIMATIVA DO FUNDEB

Valor anual mínimo nacional por aluno foi reduzido de R$ 3.643,16 para R$ 3.349,56 para o ano de 2020

Por Hebert Borges | Edição do dia 02/12/2020 - Matéria atualizada em 02/12/2020 às 04h00

Alagoas deve perder R$ 229,6 milhões com a nova estimativa da receita do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) publicada na última sexta-feira (27). O valor anual mínimo nacional por aluno foi reduzido de R$ 3.643,16 para R$ 3.349,56 para o ano de 2020. O novo montante estimado para o estado é de R$ 2,6 bilhões. De acordo com o cálculo feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o Estado deve ser o mais penalizado, com perda de R$ 58,2 milhões. Logo após aparecem as prefeituras de Maceió e Arapiraca, que perderão R$ 16 mi e R$ 10 mi, respectivamente. Segundo a CNM, a nova estimativa de receita para 2020, em todo o País, totaliza R$ 162,4 bilhão, o que representa redução de 6,5% em relação ao montante de R$ 173,7 bilhão anteriormente estimado pela Portaria 4/2019. Do total da nova receita, R$ 147,6 bilhão correspondem ao total das contribuições de Estados, Distrito Federal e Municípios e R$ 14,8 bilhão são relativos à complementação da União ao Fundo. A nova estimativa, segundo a CNM, reflete a queda da arrecadação dos principais impostos que compõem o Fundeb – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e os Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios (FPE e FPM) – causada pela pandemia da Covid-19. Para o presidente da CNM, Glademir Aroldi, os desafios só aumentam nesse cenário “nada alentador”, pois, segundo ele, os atuais gestores têm contado com menos recursos este ano do que os originalmente previstos em dezembro de 2019. “Portanto, torna-se mais difícil assegurar as ações educacionais e sanitárias necessárias para a retomada das aulas presenciais, devido ao volume das perdas dos recursos destinados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino”, comenta.

COMPLEMENTAÇÃO

A Portaria publicada na última sexta-feira (27) altera significativamente a estimativa de receita do Fundeb e, portanto, modifica também o valor da complementação da União, correspondente a 10% do total da contribuição dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ao Fundo. Dos Estados beneficiados com a complementação da União, cinco receberão menos recursos dessa complementação: Amazonas (-22%), Ceará (-3,0%), Maranhão (-4,2%), Pará (-13,4%) e Pernambuco (-14%). Amazonas, que é o mais afetado, ficará sem a complementação da União em novembro e dezembro. Assim como ocorreu em 2019, além dos nove Estados que já vinham recebendo recursos da complementação da União ao Fundeb desde o início deste ano, o Estado e os Municípios do Rio de Janeiro também passaram a ser beneficiários desses recursos federais em 2020. Segundo a Lei 11.738/2008, que instituiu o piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, o valor do piso é atualizado anualmente, no mês de janeiro, com o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno dos anos iniciais do ensino fundamental urbano do Fundeb nos dois exercícios imediatamente anteriores. Com a queda na receita do Fundeb, em 2021 não haverá reajuste do piso salarial nacional dos profissionais do magistério. A variação do crescimento do valor mínimo nacional estimado de 2019, de R$ 3.440,29, e o estimado para 2020, de R$ 3.349,56, foi negativa (-2,6%). Assim, o valor do piso salarial continuará R$ 2.886,24 no ano que vem, e é o vencimento inicial da carreira a ser pago aos profissionais com formação em nível médio, na modalidade normal, para a jornada de 40 horas semanais.

* Com informações da CNM

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