A lista definitiva com o nome dos secretários e integrantes do primeiro escalão da gestão do prefeito eleito João Henrique Caldas (PSB) só será apresentada na próxima terça-feira. Até lá, as reuniões para acordos e desacordos seguem num ritmo frenético para acomodar o PDT, aliados do próprio PSB e os que estão chegando para compor a futura Mesa Diretora da Câmara de Vereadores. Entre os nomes a serem apresentados, a maior dúvida é quem comandará a Secretaria Municipal de Economia (Semec). Ao que se sabe, o nome será de um quadro da área econômica, com o perfil técnico como quer JHC, mas que não é de Alagoas. Deve vir de Brasília (DF) ou outro Estado, a exemplo do que fez o governador Renan Filho (MDB) ao trazer George Santoro do Rio de Janeiro para tocar a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). A ideia é que conheça a área, tenha influência fora e ainda toque a grande auditoria que será o “divisor de águas” da gestão de Rui Palmeira (sem partido) e a que se inicia, de JHC. Se essa área ainda gera dúvidas, na Secretaria de Segurança Comunitária o titular será mesmo o delegado Thiago Prado, enquanto o também delegado da Polícia Federal, André Costa, deve assumir a nova secretaria que tratará das questões que envolvem os bairros afetados pela mineradora Braskem. Outro nome definido, por já ter vínculo com a área, é o do ex-vereador e ex-secretário Carlos Ronalsa, pai do deputado Dudu Ronalsa e da vereadora Gabi Ronalsa, ambos do PSDB. Ele deve ser efetivado na Secretaria de Abastecimento, Trabalho e Economia Solidária, onde já atuou na gestão de Cícero Almeida. O sociólogo da Ufal, Élder Maia, irá comandar a pasta da Educação. O maior desafio, porém, será ajustar o calendário da pasta às novas determinações protocolares de distanciamento, para as aulas presenciais e o formato híbrido à distância. Uma das articulações que tem dado muito “pano para manga” é a que envolve a nomeação do vereador Francisco Sales (PSB). Aliado de primeira hora de JHC, ganhou notoriedade com a luta para inclusão do bairro de Bebedouro entre os afetados pela Braskem. Sendo assim, vinha costurando espaço para assumir a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente, porém, passou a ser especulado que pode ir para a Infraestrutura. Já a maior secretaria da gestão, a Saúde, desde a semana passada já tem confirmado o nome de Pedro Madeiro, que tem experiência na área, porém, com atuações no interior do Estado. Agora, o desafio passa pela a ampliação do atendimento à saúde da família e o “corujão” que se propõe estender o horário de atendimento dos postos de saúde. Quem também já sabe onde vai ficar é a poeta e servidora pública Mírian Monte, que assumirá a Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC). Com uma produção ligada a literatura dará visibilidade a área, em paralelo com a cultura local e interagindo com a educação, a fim de estimular a leitura. Até o momento esses são os postos já definidos, ou quase. E por que? É que para acomodar tantos quadros políticos numa gestão que não será de continuidade. Sendo assim, o prefeito tem que ter habilidade para resolver o “agora e o depois”. Isto porque quem quer visibilidade neste momento, quer colher os frutos mais adiante para suas respectivas carreiras. Neste aspecto, há até quem já tenha tentado “queimar” indicações do PDT, a fim de garantir mais espaço, uma vez que aparentemente a legenda não está projetando nenhum quadro para 2022. Mas, o próprio JHC já fez questão de dizer que o clima é democrático e que ao lado de Ronaldo Lessa (PDT) estão construindo o perfil do secretariado. Paralelo a todo esse processo, existe ainda a acomodação das alianças na Câmara de Vereadores. Isto porque não adianta ter secretariado técnico se os projetos não andarem na Casa. E aí o “jogo” envolve a conquista de votos para seu candidato Galba Neto (MDB), que até o momento disputa com Samyr Malta (PTC), que é apoiado pelo Palácio República dos Palmares.