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Nº 5697
Política No Brasil, o Instituto Butantan produz a vacina Coronavac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac

MINISTÉRIO PEDE AO BUTANTAN ENTREGA ‘IMEDIATA’ DE VACINAS

Em ofício, pasta da Saúde informou que montante é referente às doses importadas da CoronaVac; Anvisa decide uso no domingo

Por Folhapress | Edição do dia 16/01/2021 - Matéria atualizada em 16/01/2021 às 04h00

Brasília, DF - O Ministério da Saúde enviou na sexta-feira (15) ao Instituto Butantan um ofício no qual pediu a entrega "imediata" de 6 milhões de doses importadas da vacina contra a Covid-19. O documento é assinado pelo diretor do Departamento de Logística em Saúde, Roberto Ferreira Dias, e endereçado ao diretor do instituto, Dimas Covas. "Solicitamos os bons préstimos para disponibilizar a entrega imediata das 6 milhões de doses importadas e que foram objeto do pedido de autorização de uso emergencial perante a Anvisa", diz o documento. "Ressaltamos a urgência na imediata entrega do quantitativo contratado e acima mencionado, tendo em vista que este ministério precisa fazer o devido loteamento para iniciar a logística de distribuição para todos os estados da federação de maneira simultânea e equitativa, conforme cronograma previsto no Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a Covid--19", acrescenta o ministério. Procurado, o Instituto Butantan respondeu que recebeu o ofício e perguntou ao ministério qual quantitativo será destinado ao estado de São Paulo. "Para todas as vacinas destinadas pelo instituto ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), é praxe que uma parte das doses permaneça em São Paulo, estado mais populoso do Brasil. Isso acontece, por exemplo, com a vacina contra o vírus influenza, causador da gripe. Portanto, o instituto aguarda manifestação do Ministério também em relação às doses da vacina contra o novo coronavírus", acrescentou o Butantan.

REUNIÃO DA ANVISA

Ainda no documento, o governo federal informa ao Butantan que, no domingo (17), a Anvisa analisará os pedidos de uso emergencial de duas vacinas. As duas vacinas que devem ser analisadas pela Anvisa no domingo são: Pedido do Butantan: 6 milhões de doses vindas da China; Pedido da Fundação Oswaldo Cruz: 2 milhões de doses que devem ser importadas do laboratório Serum, da Índia. No Brasil, o Butantan produz a vacina Coronavac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A Fiocruz produz a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e o laboratório AstraZeneca. Além dessas, a farmacêutica brasileira União Química já informou que doses da vacina russa Sputnik V devem ser produzidas ainda em janeiro em Brasília.

DOSES À DISPOSIÇÃO

Mais cedo, ainda na sexta-feira, Dimas Covas afirmou que 4,5 milhões de doses da CoronaVac já estavam à disposição do Ministério da Saúde. "O Butantan já tem 4,5 milhões de doses rotuladas, prontas para serem entregues no centro de distribuição do MS. Só estamos aguardando essa autorização do ministério para fazer esse escaminhamento. [...] As cotas dos estados serão definidas possivelmente ainda na tarde de hoje [sexta-feira]. Definindo essa cota, o estado já vai imediatamente receber e encaminhar à Secretaria da Saúde", disse. O governador do estado, João Doria, também afirmou que a cota referente ao estado de São Paulo permanecerá no estado para que a vacinação comece imediatamente após a aprovação da Anvisa. Também na sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o avião que buscará vacinas na Índia partirá "daqui a dois, três dias". Ao todo, são cerca de dois milhões de doses da vacina adquirida do laboratório Serum. "Foi tudo acertado para disponibilizar 2 milhões de doses. Só que hoje [sexta-feira], neste exato momento, está começando a vacinação na Índia. É um país com 1,3 bilhão de habitantes. Então, resolveu-se - aí não foi decisão nossa - atrasar um ou dois dias, até que o povo comece a ser vacinado lá. Lá também tem as pressões políticas de um lado e de outro. Isso daí, no meu entender, daqui a dois, três dias no máximo, nosso avião vai partir e vai trazer esses 2 milhões de vacinas para cá", declarou Bolsonaro.

Sem UTIs aéreas, o Ministério da Saúde só está transferindo pacientes de Manaus que não estejam em um leito de terapia intensiva, que não venham a precisar desse serviço e que não tenham desenvolvido um aparente agravamento da saúde dos pulmões.

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