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Nº 5856
Política Klever Loureiro destaca que o Judiciário economizou recursos com o trabalho remoto

NOVO PRESIDENTE DO TJ/AL QUER DAR MAIS CELERIDADE A PROCESSOS

Klever Loureiro lembra que o trabalho remoto no Judiciário alagoano já deu início a essa mudança

Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 23/01/2021 - Matéria atualizada em 23/01/2021 às 04h00

O comando do Judiciário alagoano tem um novo gestor. Desde a semana passada até o final de 2022, o desembargador Klever Loureiro presidirá o Tribunal de Justiça, em substituição ao colega de toga, desembargador Tutmés Ayran. Assim como a gestão anterior, ele terá o desafio de liderar o Judiciário no momento em que a pandemia do coronavírus continua assolando o mundo e, também, fazendo vítimas em Alagoas.

Na semana passada, Loureiro, mantendo o distanciamento social, respondeu algumas perguntas formuladas pela Gazeta de Alagoas sobre como pretende direcionar o Poder Judiciário nos próximos dois anos. De forma objetiva respondeu a todas as questões, evitando apenas discorrer sobre os “flertes” do presidente Jair Bolsonaro com o período da ditadura militar e a admiração dele pelo torturador, o general Brilhante Ustra. Sobre o vírus, ele foi muito objetivo ao informar que manterá diretrizes já adotadas no serviço público, em geral, e também no próprio poder. Conforme destacou “haverá um severo cuidado no sentido de contribuir decisivamente para que a infecção não se prolifere”. Sendo assim, manterá as orientações dos cientistas de modo que preserve a saúde e ao mesmo tempo mantenha em funcionamento as demandas judiciais. “Estarei atento aos comandos científicos e às orientações das autoridades sanitárias e o funcionamento dos órgãos do Poder Judiciário ocorrerá dentro dessa nova perspectiva”, explicou o presidente. O desembargador lembrou que no primeiro momento em que as normas de segurança determinaram o isolamento de toda a população, os servidores da Justiça também foram prejudicados e a “prestação jurisdicional” também foi afetada. “Contudo, passado o susto imediato, o Poder Judiciário teve que se reinventar e prosseguir a sua caminhada. Suas ações tiveram que se adaptar ao novo momento e, de repente, as atividades foram retomadas e não houve diminuição de produtividade. Ao contrário, os números indicam que a produtividade teve um incremento percentual representativo e o Judiciário registrou produtividade superior àquela que se constatava com o modelo presencial”, revelou Loureiro.

ECONOMIA

Além do aumento de produtividade já confirmado, o desembargador confirmou ainda que o teletrabalho desenvolvido como alternativa para os servidores gerou economia e deve continuar sendo utilizado. De acordo com o presidente, tanto os desembargadores como os técnicos de um modo geral tiveram que se adequar a imposição da realidade. “Isso veio para ficar. Houve economia de todos os lados. Economia para o Poder Judiciário que foi pontual e constatada em gastos com estrutura e material e logística, não obstante investimentos que tiveram e haverão de ser mantidos com o aperfeiçoamento de plataformas virtuais”, confirmou o novo gestor do Judiciário. Ainda sobre os reflexos de economia, os jurisdicionados também foram beneficiados porque com as audiências ocorrendo por meio de vídeo, não presencial, não tiveram que ter custos com deslocamento, atendendo a demanda da Justiça de forma remota. Como isso acabou sendo uma solução satisfatória para ambos os lados, os julgamentos não devem voltar, por enquanto, ao modelo anterior. Isto porque “os modelos alternativos adotados por causa da pandemia têm registrado resultados altamente positivos, inclusive para as partes”, ponderou Klever. Ele não rejeita a possibilidade de volta ao formato já conhecido dos julgamentos, porém, revela que só será alterado o formato adotado “depois de indicativo que seja egresso das autoridades sanitárias e desde que não cause risco à vida”, completou o presidente. Em relação ao anúncio de congelamento do duodécimo para o Poder Judiciário, o presidente informou que recebeu informações detalhadas durante a transição feita pela equipe do ex-presidente Tutmés, de as demandas internas não devem ser prejudicadas. “É evidente que o duodécimo do Poder Judiciário do Estado de Alagoas é um dos menores em termos proporcionais do país e, por conta disso, há limitações naturais na expansão de algumas atividades. De todo, ele prosseguirá cumprindo o seu papel constitucional, mesmo com o congelamento de seu duodécimo”, garantiu Klever Loureiro.

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