Com pouco mais de um mês da eleição da Mesa Diretora, que dividiu a Câmara de Vereadores de Maceió e elegeu o vereador Galba Netto (MDB) para o biênio 2021/2022, a 2ª vice-presidente, vereadora Gaby Ronalsa (PSDB), protocolou sua saída da função. Sem dar detalhes do que teria ocorrido, ela rompe com o acordo que consolidou a derrota do grupo liderado pelo ex-presidente Kelmann Vieira (Podemos). Seu silêncio, porém, não evitou que as especulações sobre a saída ganhassem os corredores da Câmara e até mesmo da Prefeitura de Maceió. Isto porque a versão mais forte é a de que o “espaço político” - leiam-se cargos - que teria sido prometido pelo Executivo não saíram do papel. Na verdade, mesmo tendo entrado nas articulações, nunca foram prometidos pelo presidente eleito. Mas sim por seus apoiadores ligados ao prefeito João Henrique Caldas (PSB). O problema é que depois do pleito, assim que a Câmara voltou para o recesso, a divisão de espaço nas secretarias avançou muito. E a expectativa é que tanto Gaby e outros tinham era de que conseguiriam acomodação. A arrumação caberia ao secretário de Governo e colega de Casa, Francisco Salles. Por outro lado, a avaliação política feita na prefeitura era a de que a tucana já havia sido beneficiada com a indicação de seu pai, o ex-vereador Carlos Ronalsa, para a Secretaria Municipal Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes). O próprio secretário já tinha espaço na pasta desde a gestão de Rui Palmeira, por influência do próprio filho, o deputado Dudu Ronalsa (PSDB) - que apoiou em sua reeleição. Quanto à relação na Câmara, a outra especulação é a de que o gesto de Gaby é o início de uma revoada que pode alcançar outros vereadores que, assim como ela, também se sentem desprestigiados. Por isso, internamente já existem movimentos para “apagar o incêndio” a fim de que não prejudique a base governista. O bloco já está na rua e trabalha rápido para até depois do Carnaval acalmar os ânimos, principalmente porque a principal pauta que vai chegar à Câmara é o orçamento da capital. E o prefeito JHC conta com o apoio da maioria para evitar problemas e conseguir, finalmente, ter os recursos integrais e uma peça aprovada com o seu perfil.
VOLTA DO RECESSO
Ontem, na Câmara, foi dia de reunião preparatória para a retomada dos trabalhos em plenário no dia 18 de fevereiro. O encontro serviu para a apresentação das demandas internas e como os vereadores, em especial os novatos, devem trabalhar para conseguir encaminhar, propor e requisitar matérias. Depois da atividade convocada pelo 1° secretário, vereador Marcelo Palmeira (PSC) e presidida por Galba Netto, o vereador Joãzinho (Podemos) foi confirmado pelo partido como sendo o líder da legenda na Casa. Assim terá condições de articular também o espaço da legenda nas Comissões Temáticas.
* Com assessoria