Petista acusa Lula de lavar as m�os diante de viol�ncia
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Por | Edição do dia 08/01/2004 - Matéria atualizada em 08/01/2004 às 00h00
Brasília O ex-secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares, que deixou o governo depois da denúncia de que havia contratado sua mulher e ex-mulher, afirmou ao jornal francês Le Monde, em reportagem publicada ontem, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lava as mãos diante do verdadeiro genocídio contra jovens negros e pobres das favelas. Soares critica o presidente nacional do PT, José Genoino, a quem acusa ter copiado as propostas da direita quando fora candidato ao governo de São Paulo, e o ministro da Casa Civil, José Dirceu, que, segundo ele, tomou emprestado o que os EUA têm de pior no combate às drogas. O ex-secretário diz ainda que o núcleo duro do governo não assimilou a experiência de municípios administrados pelo PT, como Diadema (Grande São Paulo), nem a necessidade de uma política específica. A reportagem do Le Monde diz que Soares explode de raiva, denuncia a renúncia ao engajamento eleitoral para evitar o desgaste do presidente (Lula), e como intelectual critica a velha concepção que considera a violência uma simples consequência dos problemas sociais. Falta ação Em Roraima, o governador Flamarion Portela, 48, investigado por uma força-tarefa que apura desvio de dinheiro da folha de pagamentos do Estado, cobrou do governo federal soluções para o caso da terra indígena Raposa/Serra do Sol. Flamarion disse à Agência Folha que o governo federal terá de apresentar soluções para os problemas que ocorrerão caso a terra indígena seja homologada como área contínua, como prevê o Ministério da Justiça. A demarcação da área é contínua porque inclui cidades e fazendas que estão em seus limites. Segundo ele, o remanejamento das pessoas que terão de deixar a área e a forma que será adotada para escoar a safra de grãos local são os principais problemas que o governo federal terá de enfrentar caso a demarcação contínua seja homologada. O governo de Roraima defende que seja feita uma demarcação não-contínua na área, deixando de fora cidades, estradas e algumas propriedades.